Se o tão ansiado Orçamento do Estado prometia dominar a semana, com muitas medidas a serem, na véspera, divulgadas a conta-gotas, infelizmente um outro tema entrou em cena. Na madrugada de terça-feira, numa ação de patrulhamento, dois militares da GNR de Aguiar da Beira foram baleados, um deles mortalmente. O alerta só foi dado horas depois, tendo-se desde logo iniciado uma caça ao homem.

Esse indivíduo é Pedro Dias, conhecido pela alcunha ‘Piloto’, que pelo caminho, na fuga às autoridades, baleou outro GNR e o jovem casal Luís e Liliane Pinto, que seguiam para Coimbra. Ele teve morte imediata, ela continua em estado crítico.

O suspeito acabou por abandonar a viatura que roubou ao casal e iniciou a fuga a pé e fortemente armado. Enquanto isso, a GNR criava um perímetro de buscas, por terra e ar, para tentar capturar “o perigoso” Pedro Dias e pedia aos populares para trancarem portas e janelas e não saírem de casa. Muitas horas depois, acabaria por desmobilizar esse dispositivo e a PJ entrava em campo.

Aos poucos novos pormenores iam sendo revelados sobre as vítimas e o próprio suspeito da autoria dos crimes. No final da semana chegou da vizinha Espanha a informação de que o homem mais procurado em Portugal poderia estar na zona de Salamanca ou Burgos. Certo ou não que por lá esteja, a verdade, é que o país voltou a assistir a um crime com contornos violentos e que matou inocentes. Presente no funeral do militar da GNR, nem a ministra conteve as lágrimas.

Conhecidas eram as motivações do protesto dos taxistas que, no arranque da semana, parou a rotunda do Relógio, em Lisboa. Mas inesperados (ou talvez não) foram os desacatos e atos de vandalismo a que todos os portugueses assistiram. Antes já a ira de alguns perante as autoridades acabara com a detenção de três taxistas. Os representantes foram chamados de urgência ao gabinete do ministro mas de lá saíram sem o que queriam na bagagem. Ainda assim, e já madrugada dentro, a desmobilização acabaria por acontecer. Novos protestos em Belém chegaram a ser agendados mas sem sucesso. Se este protesto foi alvo de muitas (e duras) críticas, deu também azo a piadas e gerou receitas a terceiros.

E porque já há muito que não assistíamos a buscas, eis que regressaram esta semana. O alvo? Instalações da PSP, ANRS e IMT. Três pessoas acabaram detidas. A ser investigado está também o caso da ambulância que transportou uma equipa de televisão (sim, leu bem). À ordem do dia voltou a operação Marquês. A Relação manteve o super juiz ‘aos comandos’, a defesa de Sócrates contestou e o CSM abriu um inquérito. Enquanto isso o antigo primeiro-ministro ‘sacava da cartola’ o seu segundo livro.

Assustou mas Marcelo, que esta semana homenageou Cavaco, tranquilizou. Surgiu num vídeo do ISIS a ser ameaçado. O ‘nosso Guterres’, que terá uma mulher como braço direito, foi oficialmente aclamado secretário-geral da ONU. Desta vez não falou em português mas reiterou a intenção de lutar pela paz e não esqueceu a questão do conflito na Síria. Foram divulgados os resultados da 3ª fase de candidaturas ao Ensino Superior. Entraram mais alunos nas universidades e politécnicos e parece que são dos melhores.

E se o passado mês de setembro foi um dos mais quente desde a década de 30, outubro e novembro prometem não ficar atrás. Não pelos ‘estados de espírito’ de S. Pedro mas pelo tão esperado Orçamento do Estado (OE). O debate político promete ‘aquecer’ com as medidas que constam no documento. Depois de ontem no Parlamento, António Costa, regressado da visita à China, ter tentado acalmar alguns ânimos, à tarde com a apresentação do OE, todos entraram em campo para manifestar a sua opinião. Se algumas medidas já eram esperadas, outras ‘caíram por terra’ e algumas surpreenderam. Confira aqui o que o Governo propõe.

O documento será agora alvo de discussão e votação na Assembleia da República, onde deu entrada esta sexta-feira, e seguirá, tudo indica ainda hoje, para Bruxelas. Na calha continuam as ditas sanções. O presidente do Eurogrupo veio a público esta semana dizer que “não é adepto” delas mas a verdade é que Portugal mantém-se na mira. Isso mesmo lembrou a The Economist na véspera de a agência DBRS voltar a analisar o rating nacional.

Ainda no plano económico, o INE revelou dados (animadores) sobre a balança comercial e soubemos, através de Costa, que há chineses interessados no Novo Banco. A CMVM mudou de liderança, chegou ao fim a investigação aos Panama Papers e foi anunciado o Nobel da Economia. Se esta escolha parece não ter sido surpresa, pelo menos para Milhouse da série ‘Simpsons’, o mesmo não se poderá dizer sobre o Nobel da Literatura. Bob Dylan agradou a muitos mas outros tantos manifestaram-se contra. Uma dessas vozes (se não a mais crítica) foi a da escritora Alice Vieira. Ainda pelos Nobel, o Notícias ao Minuto deu-lhe a conhecer, esta semana, Inês Cadavid, a luso-colombiana assessora de Juan Manuel Santos.

No Vozes ao Minuto conversámos com Heloísa Apolónia, dirigente do partido Ecologista ‘Os Verdes’, para quem muitos se servem “do ambiente para o negócio” e sempre “a pensar no dinheiro”. Quanto ao acordo com Costa, declarou que “esta força à Esquerda puxa o Governo para o rumo certo”.

Opinião diferente manifestou a líder do CDS que, num balanço sobre um ano das legislativas, afirmou que "estamos a assistir uma peça encenada” pelo Governo e as esquerdas que o apoiam. Para ‘apimentar’ este debate, a JSD entrou em campo. E por falar em eleições, estamos em contagem decrescente para as autárquicas. Já há candidatos e dinossauros ‘na calha’, enquanto outros veem completo o número de mandatos. A marcar a atualidade política nacional esteve, a fechar a semana, a morte do socialista José Lello, aos 72 anos, vítima de doença prolongada.

Além fronteiras, a Alemanha deteve um refugiado sírio, suspeito de planear um ataque terrorista, que acabaria por suicidar-se na prisão. Trump e Hillary mantiveram-se nas bocas do mundo, depois de um segundo debate (em moldes diferentes) onde se lavou muita roupa suja, se assistiu ao que Marcelo designou de “populismo”, do qual saiu um herói inesperado, e, como tem sido hábito, mais brincadeiras com os candidatos. Debate à parte, não foi uma semana fácil para Trump que se viu a braços com novas (e perturbadoras) acusações. Em resposta, ‘atacou’ a página de Hillary. De saída da Casa Branca, Obama já sabe o que vai fazer.

Pela Europa, Salah Abdeslam foi ‘abandonado’, Barroso tem contra si mais de 150 assinaturas, a Itália viu partir o seu Nobel da Literatura, uma deputada islandesa surpreendeu tudo e todos, e a Rússia diz temer um novo conflito global. Em causa está a situação na Síria, de onde chegou esta semana a comovente história de mais uma menina, o novo rosto da guerra no país. Não menos emotiva foi a morte do rei da Tailândia, o monarca há mais tempo no poder.

Nos relvados, a seleção voltou a fazer um brilharete frente às Ilhas Faroé, com o jovem André Silva a destacar-se, enquanto ‘nuestros hermanos’ assistiam ao anúncio da saída de Piqué da seleção, muito por causa das ditas mangas. Depois de conhecido o prejuízo recorde do FC Porto, na Luz, Vieira anunciava oficialmente a sua recandidatura e o afastamento de Gomes da Silva, e o Sporting dava o pontapé de saída dos ‘grandes’ na Taça de Portugal.

Acabou por vencer o Famalicão pela margem mínima. Melhor estiveram os ‘encarnados’ frente ao 1º de Dezembro. Resta saber que sorte está guardada para os ‘dragões’ esta noite frente ao Gafanha da Nazaré. Maradona regressou ao campo mas chateou-se com o compatriota Veron no jogo de promoção da… Paz.

Por que ela já anda por aí, siga estes remédios caseiros e previna-se das constipações. Boas notícias foram reveladas sobre o cancro que mais mata. A este propósito, sabia que o ator João Ricardo foi operado a um tumor no cérebro? Colegas e fãs uniram-se para apoiá-lo.

A título de curiosidade, há novos pormenores sobre a nova temporada da série ‘Guerra dos Tronos’ (alerta spoilers) e a saída do mercado do Galaxy Note 7, que até está a ser recolhido em caixas especiais, foi alvo de inúmeras piadas na internet, que neste casos, já sabemos, não perdoa.