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Bebé retirada viva de ventre da mãe que foi morta em ataque aéreo em Gaza
A mulher grávida, Sabreen Al-Sheikh, perdeu a vida juntamente com o seu marido Shokri e a sua filha Malak.
Daniela Carrilho | 15:45 - 21/04/2024Bebé retirada do ventre da mãe morta na Faixa de Gaza não sobreviveu
A recém-nascida foi declarada morta, na quinta-feira, e foi enterrada ao lado da mãe.
© REUTERS/Mohammed Salem
Mundo Israel/Palestina
A bebé que se tornou notícia em todo o mundo após ter sido retirada do ventre da mãe que morreu, na Faixa de Gaza, acabou por não resistir. Segundo a BBC, a recém-nascida foi declarada morta, na quinta-feira, e foi enterrada ao lado a mãe.
Sabreen al-Sakani nasceu de cesariana num hospital de Rafah, pouco tempo depois da meia-noite de domingo, após a mãe, Sabreen, o pai, Shukri Joudeh, e a irmã de três anos, Malak, terem sido dados como mortos após um ataque aéreo israelita.
A criança nasceu às 30 semanas de gestação com um peso de 1,4 quilogramas e "graves problemas respiratórios", indicou, na altura, Mohamed Salama, um dos médicos responsáveis pelo cuidado da bebé.
"Esta criança deveria ter estado no ventre da mãe nesta altura, mas foi privada desse direito", disse o médico.
A criança deveria ser adotada pela avó materna, Mirvat al-Sakani.
Pelo menos 34.200 pessoas morreram e mais de 77.000 ficaram feridas na guerra que Israel lançou na Faixa de Gaza a 7 de outubro, em retaliação ao ataque no mesmo dia perpetrado pelo movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.163 mortos, na maioria civis, e 250 reféns, cerca de 130 dos quais permanecem em cativeiro e 34 terão entretanto morrido, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.
O conflito, em curso há mais de seis meses, fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
Leia Também: EUA começaram a construir porto e cais na Faixa de Gaza
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