Pelo menos 43 pessoas morreram no cerco à cidade de El Fasher, em Darfur
Pelo menos 43 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas no cerco à cidade de El Fasher, a última cidade ainda controlada pelo exército sudanês na região de Darfur (oeste), informou hoje a ONU.
© -/AFP via Getty Images
Mundo Sudão
Tanto o exército como as forças de apoio rápido (RSF), que com ele se confrontam em luta pelo poder, "lançaram ataques indiscriminados em zonas residenciais com armas altamente explosivas, desde morteiros a foguetes lançados de caças", disse o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Seif Magango, numa conferência de imprensa.
Acrescentou que a situação é agravada pela escassez de bens essenciais na cidade sitiada, uma vez que a violência dificulta a distribuição de ajuda humanitária nas zonas controladas pelos paramilitares das FAR.
Magango denunciou igualmente os ataques das FAR, com "motivações étnicas", contra localidades da comunidade Zaghawa nos arredores de El Fasher, que incluíram o incêndio deliberado de aldeias inteiras.
"Estes ataques levantam novamente o espetro da violência étnica e de possíveis massacres em Darfur", disse Magango, que recordou que, no ano passado, centenas de civis foram mortos e milhares foram obrigados a abandonar as suas casas devido a confrontos entre diferentes comunidades culturais e religiosas na região sudanesa.
A fonte oficial reiterou o apelo do gabinete presidido pelo Alto Comissário Volker Türk para que as hostilidades no Sudão abrandem e para que sejam investigados eventuais abusos e violações dos direitos humanos durante o conflito.
Apelou também às partes beligerantes para que garantam a passagem segura dos civis e facilitem a entrega de ajuda humanitária aos civis.
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