"Não posso morrer". Vítima lembra ataque em Sydney e fala da recuperação

Mulher lembrou o momento em que foi esfaqueada por Joel Cauchi, no dia 13 de abril, e o caminho percorrido desde então, tendo corrido risco de vida.

Liya Barko

© Reprodução / Liya Barko

Notícias ao Minuto
06/05/2024 17:10 ‧ 06/05/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Sydney

Liya Barko, umas das sobreviventes do ataque mortal no centro comercial Westfield Bondi Junction, em Sydney, no passado dia 13 de abril, falou sobre a sua recuperação desde o dia fatídico, tendo ainda recordado o momento em que acordou e percebeu que estava viva. 

A mulher, que ficou gravemente ferida no ataque que fez seis mortos, só  recebeu alta hospitalar há uma semana e considera que o médico que a tratou foi fundamental para a sua recuperação.

"Lembro-me de um sorriso tão, tão aberto e de uma cara tão feliz", disse a mulher, de 35 anos, ao falar sobre o médico, em declarações à estação australiana 9News. "Ele estava tão feliz, nunca tinha visto alguém realmente tão feliz", acrescentou.

Liya passou 10 dias em risco de vida nos Cuidados Intensivos e considera que foi o médico sorridente que a encorajou a recuperar. "Pensei: 'Se eu morrer agora, vou destruir o turno dele. Por isso, não posso morrer agora porque ele está muito feliz", disse. 

A mulher tinha tido a sua primeira aula de voleibol na manhã do dia 13 de abril e deslocou-se ao centro comercial para comprar uma bola para poder praticar. Foi nessa altura que se cruzou com o atacante.

"Ele olhou para mim e decidiu naquele momento, e depois olhei para a minha mão e estava a sangrar", lembrou.

"Quando estamos no chão, a sangrar, podemos ver a expressão de toda a gente e alguns deles estavam a chorar, estavam assustados... pelas suas vidas também", disse.

Foi um socorrista que ajudou a estancar a hemorragia e que terá salvado a sua vida.

"A minha pergunta é como é que isto aconteceu, porque é que um homem esquizofrénico estava lá fora com uma faca numa tarde normal de sábado, transformando-a num inferno?", questiona a mulher, ainda a recuperar.

Liya Barko, cresceu na Ucrânia, mas mudou-se mais tarde para a Argentina. A mulher tinha chegado a Sydney há 18 meses para estudar, ao mesmo tempo que trabalhava como empregada de limpeza. 

Recorde-se que o atacante, Joel Cauchi, matou seis pessoas -  Jade Young, Yixuan Cheng, Pikria Darchia, Faraz Tahir , Dawn Singleton e Ashlee Good - e deixou outras 12 feridas, antes de ser abatido pela polícia.  Joel Cauchi, de 40 anos, tinha uma doença mental, o que afastou uma eventual motivação terrorista. A polícia acredita que o homem poderá ter tido como alvo mulheres.

Leia Também: Universitários em Sydney envolvem-se em confrontos na defesa da Palestina

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