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Juiz multa Donald Trump por violar ordem de silêncio

O juiz que preside ao julgamento de Donald Trump sobre o caso de pagamentos ilícitos multou o ex-presidente norte-americano em mil dólares (cerca de 930 euros) por ter violado uma ordem de silêncio, foi hoje divulgado.

Juiz multa Donald Trump por violar ordem de silêncio
Notícias ao Minuto

16:24 - 06/05/24 por Lusa

Mundo EUA

A multa é a segunda sanção aplicada a Trump por comentários inflamados sobre testemunhas desde o início do julgamento em abril.

Na semana passada, foi multado em 9.000 dólares (mais de 8.300 euros) por nove violações.

O juiz Juan Merchan avisou severamente Trump de que uma nova violação poderá resultar numa pena de prisão.

É "a última coisa que eu quero fazer", acrescentou, citado pela agência norte-americana AP.

Os procuradores estão a aprofundar o mundo à volta de Trump, na sequência de um relato sobre a reação do antigo presidente a uma gravação politicamente prejudicial que surgiu nas últimas semanas da campanha de 2016.

Hope Hicks, ex-funcionária da Casa Branca (presidência) e durante anos assessora de topo, é de longe a colaboradora mais próxima de Trump a depor como testemunha no julgamento de Manhattan.

O testemunho que deu na sexta-feira constituiu uma visão privilegiada de um período caótico e crucial da campanha, quando foi tornada pública uma gravação de 2005 de Trump a falar sobre agarrar mulheres sem autorização delas.

Na altura, Trump e os aliados procuraram impedir a divulgação de outras histórias potencialmente embaraçosas.

Esse esforço, segundo os procuradores, incluiu o pagamento de dinheiro para calar uma atriz pornográfica e uma modelo da revista Playboy que afirmaram ter tido encontros sexuais com Trump.

"Eu tinha a sensação de que esta seria uma história enorme e que iria dominar o ciclo de notícias nos dias seguintes", disse Hicks sobre a gravação revelada pela primeira vez numa reportagem do jornal The Washington Post de outubro de 2016.

O primeiro julgamento contra um ex-presidente dos Estados Unidos entrou hoje na terceira semana de depoimentos, com os procuradores a dirigirem-se para a sua testemunha principal, Michael Cohen, o antigo advogado de Trump.

Espera-se que Cohen seja submetido a um interrogatório contundente por parte dos advogados de defesa que procuram minar a sua credibilidade perante o painel de 12 jurados, segundo a AP.

Trump enfrenta 34 acusações de falsificação de registos comerciais relacionados com alegados pagamentos para dissimular histórias potencialmente embaraçosas.

Os procuradores dizem que a empresa de Trump, a Trump Organization, reembolsou Cohen pelos pagamentos feitos à atriz pornográfica Stormy Daniels, dando ao advogado bónus e pagamentos extras.

Os procuradores alegam que essas transações foram falsamente registadas nos registos da empresa como despesas legais.

Trump declarou-se inocente e negou ter tido encontros sexuais com qualquer uma das mulheres, bem como qualquer ato ilícito.

Donald Trump, 77 anos, foi Presidente entre 2017 e 2021, e é de novo candidato dos republicanos às eleições de novembro, contra o atual chefe da Casa Branca, o democrata Joe Biden, 81 anos.

Leia Também: Auditora da Trump Media suspensa por "fraude" pela SEC dos EUA

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