Análise: Depois de uma paragem para compromissos internacionais, com vários jogadores a deixarem Alvalade para representarem os seus países, o Sporting apresentou-se ontem no Minho, frente ao Famalicão, ainda com sinais do empate concedido frente ao Vitória de Guimarães.

Com muitas alterações promovidas por Jorge Jesus, que rodou vários atletas pouco utilizados, mas também alguns elementos que ainda não se tinham estreado esta temporada, os ‘verde e brancos’ mostraram poucos, mas suficientes, argumentos para vencer o Famalicão.

Porém, se o resultado foi positivo, porque o Sporting ganhou, da exibição salvou-se pouco. Na segunda parte o filme melhorou um pouco com as entradas de William e Gelson, mas este Sporting está a milhas daquilo que é capaz de fazer e, a dias de defrontar o Dortmund, faltou entrosamento em quase todos os processos da equipa.

Primeiro tempo sem brilho deu para Markovic compensar tempo perdido

Na projeção da partida desta quinta-feira, Jorge Jesus queixou-se da chamada do sérvio à seleção. O jogador não foi utilizado nem pode treinar com a equipa, perdendo, desta forma, tempo competitivo. Mas foi precisamente o ex-Benfica a marcar o golo que selou o resultado final.

Na que foi talvez a melhor jogada coletiva dos ‘leões’ durante todo o encontro, o extremo encontrou o caminho do golo depois de a bola correr praticamente todo o terço atacante.

Primeiro na esquerda, com a bola a ir ao poste, depois na direita, em jogada de insistência, o sérvio bateu o guardião adversário e fez o resultado final aos 10 minutos do encontro.

Os restantes 35 minutos da primeira parte foram um descanso para as duas balizas. Apesar de produzidos alguns lances atacantes, foram poucas as vezes que no decorrer dos 90 minutos foram chamados a intervir.

A provar isso estão os 4 remates enquadrados feitos pelo Famalicão e os três realizados pela formação orientada por Jorge Jesus.

Gelson e William agitaram, mas faltou estrelinha da sorte ao miúdo-maravilha

Em Alvalade, por estes dias, falar em Gelson é sinónimo de falar em golos. O jovem jogador tem estado numa forma incrível no arranque da temporada, protagonizando golos e assistências, fazendo a bola parecer um brinquedo.

Ontem, frente ao Famalicão, o internacional luso mostrou, em poucos minutos, porque é a unidade em destaque na turma de Alvalade.

Com um lance em que tirou dois adversários do caminho, fazendo depois um remate de trivela, poucos foram os que conseguiram ficar sentados na cadeira sem gritar golo.

William, por seu lado, que substituiu Petrovic, deu outra estabilidade à equipa verde e branca. Resolvendo defensivamente, lançando na frente de ataque, o médio defensivo foi um pronto-socorro, mas precisa, como fica provado jornada após jornada, de uma companhia de velhos tempos, pois a ‘parceria’ com Elias ainda está a ser afinada.

Se os números mandassem, ‘leão’ saía vergado

O Famalicão teve na partida de ontem uma atitude surpreendente. Sem treinador oficial, a equipa minhota foi um verdadeiro quebra cabeça. Jesus não conseguiu encontrar solução para o puzzle adversário e debateu-se com dificuldades para encontrar fórmula funcional no seu.

Com mais remates, mais remates à baliza, livres diretos e menos defesas efetuadas pelo guarda-redes, a equipa nortenha teve a superioridade numérica, mas, infelizmente, a matemática nem sempre vence.

Famalicão	vs.	Sporting
13	Tentativas de golo	7
4	Remates à baliza	3
9	Remates fora	4
4	Cantos	5
18	Livres diretos	14
2	Fora de jogo	3
2/0	Cartões/vermelhos	0/0
2	Defesas	6
12	Faltas	15