Ministro ucraniano detido por corrupção sai após pagar fiança
O ministro da Agricultura ucraniano, Mykola Solsky, detido hoje por acusações de corrupção anteriores à sua entrada no Governo, foi libertado após pagar uma fiança de quase 1,8 milhões de euros, anunciou o seu ministério.
© KENZO TRIBOUILLARD/AFP via Getty Images
Mundo Ucrânia
Mykola Solsky, que apresentou a sua demissão na quinta-feira, "foi libertado sob fiança no valor de 75,7 milhões de hryvnias", ou seja, cerca de 1,78 milhões de euros, disse o Ministério da Agricultura, em comunicado.
A mesma fonte garantiu que o ministro "continua a exercer as suas funções".
Esta é a primeira vez que um ministro em exercício é detido na Ucrânia, segundo ativistas anticorrupção no país.
Mykola Solsky foi acusado de apropriação de terrenos do Estado antes de integrar o Governo, tendo apresentado a demissão numa carta enviada ao parlamento.
"Peço-vos que aceitem a minha demissão do cargo de ministro da Política Agrária e da Alimentação", lê-se na carta -- um pedido que os deputados deverão agora aceitar ou rejeitar.
Vários casos de corrupção emergiram na Ucrânia desde o início da invasão russa do país, em fevereiro de 2022, nomeadamente no âmbito das Forças Armadas, mas quase todos envolvem apenas oficiais de baixas patentes.
Mykola Solsky assegurou estar disposto a "continuar a trabalhar", se o parlamento recusar a sua demissão.
Na terça-feira, a agência nacional de combate à corrupção anunciou que Solsky era suspeito de se ter apoderado de terrenos públicos com um "valor aproximado de 6,9 milhões de euros" e de ter "tentado apropriar-se de outros terrenos" avaliados em quase 4,5 milhões de euros.
Solsky terá agido em concertação com funcionários do serviço de registo de propriedade e de cartografia do Estado.
Segundo a sua biografia oficial, Mykola Solsky trabalhou num escritório de advogados até 2019, foi eleito deputado do parlamento nesse ano e nomeado ministro em março de 2022.
O combate à corrupção, um mal endémico na Ucrânia, é uma das principais condições impostas pela União Europeia ao país no âmbito do seu pedido de adesão ao bloco comunitário europeu.
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