Afinal, o bocejo pode não ser contagioso
A ideia de que o bocejo é contagioso é mais antiga do que pode pensar, contudo, a única evidência científica sobre o assunto vem agora revelar que, afinal, não é por uma pessoa bocejar que outra também o faz.
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É certo que já bocejou depois de ver alguém a fazê-lo, mas é também certo que também já viu alguém a bocejar e nada fez. Então, se nem sempre bocejamos quando alguém o faz porque é que dizemos que é o bocejo é 'contagioso'?
A questão foi colocada por dois cientistas da Universidade de Oxford (Reino Unido) e pela Universidade de Queensland (Austrália) que, pela primeira vez, tentaram encontrar um lado científico nesta teoria.
A ideia que o bocejo é contagioso é mais antiga do que podemos imaginar. Segundo o site Mental Floss, acreditar que bocejamos porque vemos outra pessoa a fazê-lo é uma ideia com mais de dois mil anos, mas que, até agora, carecia de base científica, ou seja, de uma prova concreta sobre a sua veracidade.
E assim que a ciência mete o dedo no tema eis que toda a teoria cai por terra. Afinal, dizem os investigadores, copiar o bocejo de outra pessoa é, "no máximo, um ato trivial".
Depois de terem notado que toda a revisão científica sobre o tema carecia, na verdade, de ciência e factos, os investigadores decidiram dar um passo em frente e analisar simulações feitas por computador e ainda modelos científicos anteriormente testados. Posto isto, desafiaram 79 estudantes a sentarem-se em torno de uma mesa enquanto ouviam (através de fones) a música 'Complete Nocturnes' de Chopin. Alguns desses estudantes estavam de olhos vendados.
Em média, os participantes produziam dois terços de um bocejo por hora, sendo que o bocejo aumentavam com o passar do tempo e tinham tendência a serem mais frequentes à medida que se iam vendo uns aos outros. Nesta fase do estudo, tudo indicava que o bocejo era, afinal, contagioso, contudo, para que tal se comprovasse era necessário ter em conta um outro aspeto: o timing.
Assim que analisaram o momento em que cada pessoa bocejava, os cientistas notaram que o bocejo não deu origem a outro bocejo num espaço de três minutos desde o primeiro. Ou seja, sempre que um dos participantes da mesa bocejava, os outros não o faziam no espaço de três minutos, o que leva os cientistas a crer que, afinal, o bocejo não é tão contagioso quanto pensamos.
O estudo foi publicado na revista Adaptative Human Behavior and Physiology, mas os próprios investigadores defendem a necessidade de aprofundar o tema e de recorer a um número maior de voluntários e a cenários diferentes.
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