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AIEA pressiona Irão a cooperar com órgão da ONU sobre nuclear

O diretor interino da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Cornel Feruta, apelou hoje ao Irão para "responder prontamente às questões" deste órgão da ONU, a quem compete fiscalizar as atividades nucleares de Teerão.

AIEA pressiona Irão a cooperar com órgão da ONU sobre nuclear
Notícias ao Minuto

12:37 - 09/09/19 por Lusa

Mundo Energia Atómica

essencial agir rapidamente", declarou Feruta, dirigindo-se ao Irão num discurso na abertura de uma reunião regular do Conselho dos Governadores da AIEA, sediada em Viena.

A reunião realiza-se depois de o Irão ter iniciado a instalação de centrifugadoras avançadas, numa terceira etapa da redução dos seus compromissos em matéria nuclear expressos no acordo internacional de 2015 com as grandes potências.

A Agência de Energia Atómica do Irão (AEAI) anunciou no sábado que começou a usar centrifugadoras avançadas para aumentar as suas reservas de urânio enriquecido, o que foi confirmado hoje pela sua congénere das Nações Unidas.

O Irão "instalou ou está a instalar", num local para enriquecimento em Natanz, 22 centrifugadoras do tipo IR-4, uma do tipo IR-5, 30 outras do tipo IR-6 e três modelos IR-6s, de acordo com as "verificações" realizadas no local pela agência, disse um porta-voz da AIEA num comunicado.

O acordo de 2015 autoriza o Irão a produzir urânio enriquecido apenas com centrifugadoras de primeira geração (IR-1).

As centrifugadoras IR-6 conseguem produzir urânio enriquecido 10 vezes mais depressa e as IR-4 são cinco vezes mais rápidas do que as IR-1.

O acordo sobre o programa nuclear iraniano, assinado em julho de 2015 entre o Irão e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China) e a Alemanha, previa o levantamento de sanções internacionais em troca de limitações e maior vigilância do programa nuclear iraniano.

Em maio de 2018, os Estados Unidos abandonaram unilateralmente o pacto e restabeleceram sanções que penalizam fortemente a economia iraniana.

Um ano após o anúncio da decisão norte-americana, o Irão declarou que não se sentia obrigado a continuar a respeitar alguns dos seus compromissos no pacto enquanto os restantes signatários não conseguissem ajudá-lo a contornar as sanções norte-americanas e iniciou uma redução gradual dos mesmos.

No sábado, o porta-voz da AEAI, Behrouz Kamalvandi, avisou: "os europeus devem perceber que não resta muito tempo" para salvar o acordo de 2015.

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