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Portugal dá 150 mil euros ao PAM para operação em Timor-Leste

Portugal vai dar uma contribuição adicional de 150 mil euros ao Programa Alimentar Mundial (PAM), organização das Nações Unidas distinguida com o Prémio Nobel 2020, destinada à sua operação em Timor-Leste, anunciou hoje o Governo.

Portugal dá 150 mil euros ao PAM para operação em Timor-Leste
Notícias ao Minuto

12:15 - 16/11/20 por Lusa

País Programa Alimentar Mundial

"Portugal vai contribuir com uma verba extraordinária de 150 mil euros para o Programa Alimentar Mundial (PAM), especificamente endossada à intervenção em Timor-Leste", adiantou, em nota, o gabinete da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro.

De acordo com a mesma nota, este valor adicional visa "garantir a continuidade das missões humanitárias de transporte aéreo, material de saúde e deslocações de pessoas, numa altura em que os voos comerciais continuam interrompidos por causa da crise pandémica".

"Esta contribuição integra o conjunto de medidas que Portugal está a desenvolver com vista à mitigação dos efeitos da covid-19 em países mais vulneráveis", acrescentou o gabinete de Teresa Ribeiro.

O PAM é uma organização das Nações Unidas que atua no combate à fome e na promoção da segurança alimentar a nível global, tendo sido galardoado com o Prémio Nobel da Paz de 2020.

O anúncio foi feito, no início de outubro, em Oslo pela presidente do comité Nobel, Berit Reiss-Andersen, que justificou a distinção do PAM com "os seus esforços para combater a fome, o seu contributo para melhorar as condições para a paz em áreas afetadas por conflitos e por agir como uma força motriz nos esforços para prevenir o uso da fome como uma arma de guerra e de conflito".

O Comité Nobel assinalou que a pandemia do novo coronavírus fez aumentar a fome que milhões de pessoas enfrentam em todo o mundo e pediu aos governos que garantam que o PAM e outras organizações de ajuda recebem o apoio financeiro necessário para as alimentar.

"Em 2019, o PAM prestou assistência a cerca de 100 milhões de pessoas em 88 países vítimas de insegurança alimentar aguda e fome", indicou o comité.

A cerimónia de entrega do prémio acontecerá em 10 de dezembro, em Oslo, na Noruega, e contará com a presença de apenas cerca de 100 convidados.

Também em outubro, em entrevista à agência Lusa, um funcionário português no PAM, Pedro Matos, apelou para que Portugal use a sua presidência da União Europeia para mobilizar mais investimento nas causas da insegurança alimentar como forma de prevenir emergências.

"Investir nas causas da insegurança alimentar é muito mais eficaz do que apoiar as pessoas depois de elas precisarem. Uma das razões por que apoiamos tanta gente em emergência - 100 milhões - é porque não fomos capazes de impedir que caíssem nesta situação", disse Pedro Matos.

O responsável, que integra atualmente a equipa do PAM no Sudão depois de ter passado pelo Mali e pela resposta de emergência após a passagem do ciclone Idai por Moçambique, sublinhou a necessidade de os esforços se focarem nas causas que levam "à insegurança alimentar, ao extremismo religioso e às migrações para a Europa".

"É uma resposta mais humana e mais barata", afirmou, adiantando que quer "convencer" a cooperação portuguesa a inserir esta questão nas suas prioridades para a presidência da União Europeia (UE).

A cooperação portuguesa tem vindo a aumentar os últimos anos as suas contribuições para as organizações multilaterais, nomeadamente as agências das Nações Unidas.

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