Taxa de desemprego de 30,1% na África do Sul no primeiro trimestre
A taxa de desemprego na África do Sul atingiu 30,1% da população ativa, no primeiro trimestre deste ano, anunciou hoje o Gabinete de Estatística (StatSA).
© Reuters
Economia StatSA
O número de desempregados aumentou 1% entre janeiro e março, em comparação com o mesmo período em 2019, atingindo 7,1 milhões de pessoas, segundo os dados.
O país mais industrializado do continente está mergulhado há mais de uma década numa crise caracterizada por um crescimento lento, a deterioração das finanças públicas e o desemprego em massa.
A economia sul-africana voltou a entrar em recessão no último trimestre do ano passado.
No conjunto de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,2%, o mais lento desde a crise financeira global de 2008.
De acordo com as últimas previsões das instituições financeiras internacionais e do Banco Central da África do Sul, a pandemia da covid-19 deverá reduzir o crescimento em cerca de 6% em 2020.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, prometeu um plano de apoio à economia e aos mais pobres no valor de mais de 24 mil milhões de euros e flexibilizou as medidas para conter a covid-19 aplicadas no final de março.
"Vamos atravessar tempos difíceis, não haverá soluções fáceis e temos de ser realistas quanto às nossas perspetivas futuras", afirmou o chefe de Estado, na segunda-feira.
Várias empresas, incluindo a empresa pública de radiodifusão SABC, anunciaram despedimentos recentemente.
Desde o início da crise sanitária, as três agências de notação financeira Fitch, Moody's e Standard & Poor's baixaram a classificação da África do Sul.
A África do Sul é o país com mais casos de covid-19 no continente africano, tendo passado na segunda-feira a barreira dos 100 mil (101.590) e matou 1.991 pessoas.
Em África, há 8.334 mortos confirmados em mais de 315 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 469 mil mortos e infetou mais de 9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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