"Toda a violência é intolerável e será objeto de uma resposta implacável para assegurar o regresso da ordem republicana", acrescentou a presidência francesa após uma reunião de crise do Conselho Nacional de Defesa e Segurança sobre a situação neste arquipélago francês do Pacífico Sul.
Segundo o mesmo comunicado, "o Presidente da República reiterou a necessidade de retomar o diálogo político".
Nos motins no arquipélago francês, um polícia ficou gravemente ferido com um tiro na cabeça, na zona de Plum (sul), noticiou hoje a agência France Presse.
O arquipélago está a ser abalado desde segunda-feira por violentos tumultos, que causaram a morte de três pessoas e centenas de feridos, incluindo polícias.
Os principais partidos no território apelaram à "calma e à razão".
"Apesar da situação insurrecional que vivemos nas últimas quarenta e oito horas, e porque somos chamados a continuar a viver juntos, apelamos solenemente a toda a população para que se acalme e seja razoável", lê-se num comunicado conjunto da UC-FLNKS, a União Nacional para a Independência, 'Les Loyalistes', Rassemblement-LR e 'Eveil océanien'.
O território mergulhou no caos devido à reforma constitucional que visa reformar a lista eleitoral, o que é contestado pelos apoiantes pró-independência.
O arquipélago regista há décadas tensões entre os indígenas Kanak, que procuram a independência, e os descendentes dos colonizadores que querem continuar a fazer parte de França.
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