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Hamas e Fatah discutem fim de divisões e "unidade nacional"

Os movimentos palestinianos Hamas e Fatah sublinharam hoje em Pequim a necessidade de acabar com divisões entre fações e da "unidade nacional" no âmbito da Organização para a Libertação do Palestina (OLP), informou a agência de notícias Wafa.

Hamas e Fatah discutem fim de divisões e "unidade nacional"
Notícias ao Minuto

17:01 - 30/04/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, disse em conferência de imprensa que "ambos os lados expressaram plenamente a sua vontade política de alcançar a reconciliação através do diálogo e consultas e exploraram uma série de questões específicas".

Lin indicou que as negociações resultaram em "progressos positivos" e num acordo para "continuar o processo de diálogo com o objetivo de concretizar a unidade do povo palestiniano o mais rápido possível".

Segundo agência palestiniana Wafa, a Fatah e o Hamas concordaram na necessidade de reativar os seus comités conjuntos, bem como de resolver "os problemas que enfrentam".

Da mesma forma, concordaram sobre a importância da unidade da posição palestiniana face à invasão israelita na Faixa de Gaza e de terminar a "guerra de genocídio", exigindo a retirada completa do "exército de ocupação", bem como da coordenação de esforços conjuntos para prestar ajuda e socorro urgentes ao território.

Esta reunião segue-se àquela que ambas as fações realizaram no início de março em Moscovo, onde concordaram em continuar o diálogo para alcançar a unidade nacional com a participação de todas as forças palestinianas no âmbito da OLP, de acordo com uma resolução então divulgada.

Também surge depois de o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, ter mudado o governo da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), como parte dos seus esforços para reformá-la com um executivo tecnocrata que possa assumir o controlo da Faixa de Gaza assim que a guerra terminar.

Esta remodelação estrutural é uma das principais reivindicações dos Estados Unidos para que a ANP possa governar na Faixa de Gaza, embora não esteja nos planos do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Esta não é a primeira vez que a China atua como mediadora num conflito na região: no ano passado, participou nas negociações para que o Irão e a Arábia Saudita chegassem a um acordo para restabelecer as suas relações diplomáticas.

O conflito entre Israel e Hamas resultou em mais de 34 mil pessoas mortas, na maioria civis, na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais, mergulhando o território numa grave crise humanitária.

A ofensiva israelita é uma retaliação pelo ataque do movimento islamita palestiniano, que em 7 de outubro matou em Israel mais de 1.100 pessoas e fez cerca de 250 reféns.

Leia Também: Israel espera resposta do Hamas sobre trégua até quarta-feira

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