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Demissão de Costa e guerra Israel-Hamas são os acontecimentos de 2023

A crise política e a demissão do Governo foi o acontecimento nacional do ano de 2023 escolhido pelos jornalistas da agência Lusa, que elegeram a guerra Israel-Hamas, iniciada em outubro, como o acontecimento internacional.

Demissão de Costa e guerra Israel-Hamas são os acontecimentos de 2023
Notícias ao Minuto

09:17 - 12/12/23 por Lusa

Mundo 2023

Na votação, o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, protagonista de apelos à paz e ao cessar-fogo no conflito entre os israelitas e o grupo islamita Hamas, considerado terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel, é o eleito para a figura internacional, enquanto a escolha para figura nacional distinguiu a dupla de protagonistas da crise política, António Costa, o primeiro-ministro que se demitiu em novembro, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que convocou eleições antecipadas para 10 de março de 2024.

Pelo segundo ano consecutivo, na Lusofonia, o Brasil dominou as escolhas dos jornalistas da agência, que elegeram como acontecimento de 2023 o ataque aos três poderes, em Brasília, em que, escassos dias após a sua posse, milhares de pessoas reclamaram a demissão do Presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, que volta a ser figura nesta área.

Nestas escolhas participaram 76 jornalistas da agência e 61 votaram na crise política para o acontecimento nacional, seguindo-se, com oito votos, a Jornada Mundial de Juventude (JMJ), em agosto, em Lisboa, e o caso dos abusos sexuais da Igreja, com sete votos.

António Guterres foi votado personalidade internacional por 57 jornalistas, seguindo-se Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro isrealita, e Pedro Sanchez, líder do PSOE que conseguiu voltar ao poder em Espanha, com nove votos cada, e a resistência das mulhares iranianas recebeu um voto.

Já António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa receberam 41 votos como dupla de figuras do ano a nível nacional, com 41 votos, seguidos do primeiro-ministro demissionário (21 votos), o cardeal Américo Aguiar, que esteve à frente da organização da JMJ (cinco votos), e o ex-ministro João Galamba e o Presidente da República (quatro votos cada um).

Nos acontecimentos internacionais, a guerra Israel-Hamas foi a escolha de 75 jornalistas.

Na Lusofonia, Luís Inácio Lula da Silva, que regressou à Presidência do Brasil, foi escolhido por 47 jornalistas, personalidade de 2023, à frente do 'rapper' Azagaia, músico de intervenção moçambicano cuja morte originou manifestações em Moçambique e Portugal, com 14 votos, e de Domingos Simões Pereira, do PAIGC, que liderou uma coligação vencedora que obteve maioria absoluta nas eleições na Guiné-BIssau, com 11 votos.

Quanto aos acontecimentos, o chamado ataque aos três poderes em Brasília, com que apoiantes de Jair Bolsonaro exigiam a intervenção das forças armadas e a demissão de Lula da Silva, que tomara posse dias antes, obteve 64 votos, seguido pelas eleições que ditaram a vitória da coligação coligação PAI -- Terra Ranka, liderada pelo PAIGC, com cinco votos, e pelas manifestações em Moçambique que fizeram dois mortos, e que se seguiram às eleições autárquicas contestadas pela oposição.

A lista de temas em votação resultou do debate entre a Direção de Informação e os editores da agência. A votação, por email, decorreu entre 23 de novembro e 05 de dezembro.

Desde 2016 que os jornalistas escolhem os acontecimentos e figuras do ano nacionais, internacionais e na lusofonia.

A Lusa divulga hoje textos sobre os acontecimentos e personalidades de 2023, resultado das escolhas dos jornalistas da Lusa.

Leia Também: Do "choro" ao país "onde nunca esteve". As reações à entrevista de Costa

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