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Bruxelas anuncia plano sobre aproveitamento da energia de ondas e marés
A Comissão Europeia anunciou hoje um plano de ação para encorajar os países da UE a aproveitarem a energia das ondas e das marés, como complemento a outras fontes renováveis como a energia eólica e solar.
© Reuters
Mundo CE
A energia do mar "é uma fonte energética que está 'à mão' e que pode ser explorada de maneira ecológica", afirmou o comissário europeu para a Energia, Gunther Oettinger, numa conferência de imprensa em Bruxelas.
A comissária para os Assuntos Marítimos, Maria Damanaki, adiantou na mesma conferência de imprensa que a Europa está na vanguarda nesse setor, referindo projetos em curso em Portugal, no Reino Unido, França, Espanha e nos países da Escandinávia.
Em Portugal funciona nos Açores, na ilha do Pico, desde 1999 uma central experimental de aproveitamento da energia das ondas, com uma potência instalada de 400 kW e que foi a primeira central do género a ser ligada a uma rede pública de abastecimento de eletricidade.
A EDP e a empresa escocesa 'Pelamis Wave Power' abandonaram em 2010 um projeto de produção de energia elétrica a partir do movimento das ondas com unidades flutuantes que deveriam ser instaladas na costa norte de Portugal, ao largo da Póvoa de Varzim.
Maria Damanaki lembrou hoje que os custos de produção dos equipamentos são extremamente elevados e apelou para esforços de desenvolvimento e comercialização de novas tecnologias que tornem o aproveitamento da força do mar mais rentável.
Gunther Oettinger manifestou-se confiante na capacidade da indústria europeia de desenvolver o mercado da energia das ondas e das marés, referindo a posição dominante no setor mundial da construção de turbinas geradoras de grupos empresariais como o francês 'Alsthom', o suíço e sueco 'ABB' e o alemão 'Siemens'.
O plano de ação anunciado hoje pela Comissão Europeia pretende apresentar em 2016 um "roteiro" para o aproveitamento da energia do mar, com um recenseamento de objetivos e meios.
Mas o potencial da energia das ondas e das marés como fonte energética para a Europa não é consensual entre empresas e investigadores - informação citada pela agência France Presse refere que do lado empresarial há a expectativa de que até 2020 a energia elétrica gerada pela força do mar possa cobrir até 15% das necessidades da União Europeia, enquanto do lado dos cientistas as expectativas não vão além de um por cento.
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