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"Coletes amarelos" criam comissão para contactar autoridades francesas

Uma comissão com oito pessoas do movimento "coletes amarelos" foi criada, em França, para "realizar um contacto sério e necessário com os representantes do Estado e do Governo e levar uma série de reivindicações", declarou o movimento, num comunicado hoje divulgado.

"Coletes amarelos" criam comissão para contactar autoridades francesas
Notícias ao Minuto

14:56 - 26/11/18 por Lusa

Mundo Manifestação

O movimento dos "coletes amarelos" surgiu inicialmente como protesto contra o aumento dos combustíveis, mas alargou o descontentamento em relação a várias medidas do Presidente francês, Emmanuel Macron.

Após consulta entre os seus apoiantes no Facebook, esta delegação enviará "duas propostas principais" ao Governo: "a revisão em baixa de todos os impostos" e a "criação de uma assembleia de cidadãos" para discutir a transição ecológica e outros temas que consideram pertinentes.

"O único desejo é que todas essas propostas sejam submetidas a um referendo popular", acrescentou o texto, publicado depois de um novo fim de semana de mobilização e um dia antes de uma intervenção do Presidente, Emmanuel Macron, para detalhar e explicar um "pacto social" para acompanhar a transição ecológica.

Essas exigências vão desde a abolição do Senado, a baixa dos encargos patronais, e passam ainda por um aumento dos salários mínimos e das reformas.

"Pedimos aos representantes do Estado e do Governo que nos recebam dentro de um prazo razoável. Na ausência de reuniões ou propostas sérias durante este eventual intercâmbio, as ações continuarão e fortalecer-se-ão ", alertaram.

Estes oito porta-vozes, incluindo dois dos iniciadores do movimento originários de Seine-et-Marne, Eric Drouet e Priscillia Ludosky, são apenas "portadores de mensagens e (...) não líderes e tomadores de decisão", especificou o texto.

Perguntado sobre esta iniciativa após a reunião do Conselho de Ministros, o porta-voz do Governo, Benjamin Griveaux, disse que estavam "abertos" ao diálogo dentro de certos limites.

"Se as propostas voltarem a exigir a dissolução da Assembleia Nacional, a renúncia do Presidente da República (...), temo que não possamos responder favoravelmente", disse Griveaux.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, relatou hoje ao Conselho de Ministros as "cenas de guerra" que ocorreram "por vezes" neste fim de semana nas manifestações dos "coletes amarelos", especialmente nos Campos Elíseos, disse o porta-voz do Governo.

"Não devemos subestimar o impacto na mente das pessoas, seja em França ou no estrangeiro, com cenas por vezes de guerra que muitos meios de comunicação transmitiram em França e no estrangeiro", disse o chefe de Estado.

"É difícil explicar que às vezes alguns representantes eleitos ou formadores de opinião possam ter qualquer complacência em relação a esses arruaceiros, uma minoria, lembro, mas ainda assim presente", acrescentou.

A procuradoria de Paris confirmou hoje a detenção de 28 "coletes amarelos" e anunciou que 47 das 103 pessoas detidas nos incidentes de sábado na capital francesa já foram ouvidas por juízes.

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