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"Todos os anos havia um milagre, depois deixou de haver milagres"

Empresário português quer ver o FC Porto a vencer rapidamente para terminar com fim de ciclo de três anos.

"Todos os anos havia um milagre, depois deixou de haver milagres"
Notícias ao Minuto

16:05 - 05/04/16 por Paulo Rocha

Desporto Manuel Serrão

Manuel Serrão tem sido um dos críticos mais assertivos no que diz respeito ao tema FC Porto, tendo mesmo chegado a ser alvo da ironia de Pinto de Costa. O empresário e conhecido portista avisa que é essencial encerrar o “ciclo de três anos negativos”.

“Tem de haver mudanças! Ou mudam as pessoas, ou mudam as políticas e atitudes. Eles [direção] que lá estão é que têm de saber porque é que andaram estes três anos a perder e o que têm de fazer para ganhar nos próximos três. Claro que tem a ver com política de contratações, com novos jogadores, se calhar com mudanças de diretores, com mudanças de algum 'status quo' no futebol...", analisou em entrevista ao Record.

Já em relação à newsletter diária do FC Porto, onde o clube assumiu já se encontrar fora da luta pelo título, Serrão considera acertada a decisão de o afirmarem publicamente, tal como a de assumirem que o clube passa por um período de crise. Serrão referiu-se ainda à Comissão de Candidatura de Pinto da Costa.

“Acho que fazem bem em assumir. É uma posição realista, como é evidente. A nove pontos de um e a sete do outro, é claro que está fora. Agora há uma comissão, de que o pai fez parte, de verificação dos milagres. Desde que essa comissão existe, nunca mais houve milagres. Todos os anos havia um milagre, depois deixou de haver milagres”.

Manuel Serrão confessa não ver uma “saída” para a situação do clube. “Mas queria ver, queria ser iluminado. Faço um apelo à direção do FC Porto, que é praticamente a mesma que também esteve no tempo dos triunfos, para dar sinais, para mostrar ao povo e aos adeptos, onde é que está a luz”.

“O que é vão fazer para mudar? Como é que os próximos anos não vão ser iguais aos últimos três? Eu não consigo ver, mas eu sou do povo. Quem tem a luz, tem de mostrar a luz, de ser o peregrino dessa boa nova”.

A finalizar, o conhecido comentador desportivo não quer falar em fim de ciclo: “O único fim de ciclo de que não é cedo para falar é este ciclo de três anos negativos”.

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