Tribunal faz reconstituição do caso das meninas mortas em praia de Oeiras
O Tribunal de Cascais, composto por um coletivo de três juízas, vai hoje à praia de Giribita, em Paço de Arcos (Oeiras), onde duas meninas foram alegadamente mortas pela mãe, em fevereiro de 2016, para reconstituição dos factos.
© GlobalImagens
País Paço de Arcos
Sónia Lima está acusada pelo Ministério Público (MP) do duplo homicídio das filhas, de 19 meses e 4 anos, que morreram afogadas junto ao Forte da Giribita (distrito de Lisboa), a 15 de fevereiro de 2016.
Na terceira sessão de julgamento, que decorreu hoje no Tribunal de Cascais, o coletivo de juízas determinou que fosse hoje realizada a deslocação ao local do alegado crime para reconstituição dos factos, mesmo com a arguida a recusar-se a estar presente.
De acordo com o tribunal, tinha sido a própria arguida a requerer que fosse feita a reconstituição dos factos no local, disponibilizando-se a deslocar-se e até a prestar declarações.
No entanto, Sónia Lima disse hoje não estar em condições de saúde para o fazer e recusou-se a acompanhar o tribunal "hoje, ou noutra data qualquer".
"O tribunal entende que a deslocação ao local se revela de grande importância para a descoberta da verdade e boa decisão da causa, designadamente, atendendo a que a arguida declarou, em audiência de julgamento, ter ali parado a viatura para que, quer ela, quer a filha Samira, urinassem. Por outro lado, interessa verificar qual o local onde a testemunha João António Carvalho (taxista) retirou a arguida do mar", revela o despacho da juíza.
Por não considerar indispensável a presença da arguida, acrescentou a juíza presidente, o tribunal decidiu manter a diligência para hoje designada e, por isso, deslocar-se-á à praia da Giribita pelas 18:00.
Na terceira sessão de julgamento de hoje foram também ouvidas duas testemunhas, o irmão da arguida e a melhor amiga, agente da PSP, que declarou ao tribunal que a arguida tinha "muito medo" de perder a guarda das suas filhas, aquando da separação do pai delas, mas nunca tinha manifestado qualquer intenção de suicídio.
Segundo a acusação do MP, a 15 de fevereiro, a arguida "entrou com as filhas no mar, o que fez com o propósito de lhes vir a tirar a vida" e agiu de forma "livre, deliberada e consciente".
O corpo da criança de 19 meses foi encontrado no dia do desaparecimento, enquanto o da sua irmã esteve desaparecido durante sete dias, até que foi encontrado na praia de Caxias, em Oeiras.
Na primeira audiência de julgamento, a arguida rejeitou a acusação e explicou que tinha levado as filhas para urinar nas rochas da praia.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com