Meteorologia

  • 21 MAIO 2024
Tempo
20º
MIN 13º MÁX 20º

"Todas as startups se sentem bem em Lisboa"

O secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, disse em entrevista à agência Lusa que "todas as 'startups' se sentem bem em Lisboa", cidade onde "qualquer cultura e qualquer religião é bem acolhida".

"Todas as startups se sentem bem em Lisboa"
Notícias ao Minuto

07:57 - 03/04/16 por Lusa

Economia João Vasconcelos

Não são as questões relacionadas com os impostos ou as infraestruturas, como os portos ou autoestradas, que impendem nas decisões sobre a localização das startups, empresas em início de atividade, mas o facto de estas se sentirem bem em Lisboa.

Quem o diz é João Vasconcelos, que foi diretor executivo da Startup Lisboa antes de exercer funções no Governo, explicando que, tal como o nome indica, 'start' -- começa -- e 'up' -- 'cresce logo'- estas são empresas digitais e sem fronteiras, que não precisam de armazéns para as suas vendas e, como tal, podem localizar-se onde quiserem.

"Acompanhei empresas na Startup Lisboa com indianos, chineses, árabes, brasileiros, africanos, dinamarqueses, suecos, alemães e italianos. Todos se sentiam bem em Lisboa. E esta é que é a particularidade que dificilmente outras cidades na Europa conseguem: é que qualquer cultura, qualquer religião se sente bem em Lisboa", considerou.

E reforçou: "Lisboa foi capital de um império durante 500 anos. Isto abriu Lisboa ao mundo. Há muitos anos que Lisboa está habituada a lidar com culturas e religiões diferentes e para este mundo das startups, esse é o maior tributo".

Prova disso, contou, é que "todos os dias há incubadoras a querer abrir em Lisboa" e que "todas as semanas" recebe "pedidos de audiência de investidores e empreendedores do mundo inteiro que vêm ver Lisboa", o que está a acontecer e perceber se são bem-vindos no país.

Mas mais do que em Lisboa, João Vasconcelos acredita que a multiplicação de 'startups' é um movimento nacional que se estende a cidades tão diferentes com o Porto, Braga, Coimbra, Aveiro, Covilhã, Fundão e Castelo Branco.

"Quando percebemos que uma empresa pode em cinco anos ter clientes em 80 países e ter avaliações de dezenas de milhões de euros, [percebemos] que isto veio para ficar. Isto coloca qualquer líder empresarial e político a pensar. É uma economia [...] em que Portugal tem vindo a provar que quer fazer parte, é um movimento nacional, não aconteceu só em Lisboa, aconteceu em mais cidades", frisou.

João Vasconcelos somou diversos exemplos ao longo das suas respostas: "Sempre houve exemplos por geração. E depois falávamos da mesma empresa durante dez anos".

Mas agora tudo mudou: "Isto agora é uma geração única, são muitas [startups]. Agora é a Uniplaces, a Talkdesk mas também uma Seedrs, que movimentou 100 milhões de euros no ano passado, a Unbabel, que está ali ao pé da Almirante Reis e tem clientes e 40 mil tradutores do mundo todo, são tantas, tantas, tantas. A Hole 19, uma aplicação para jogadores de golfe que tem 700 mil clientes do mundo todo e está na Rua da Prata, a Veniam, (que está no Porto) e muitas que estão a vir atrás. É histórico", disse.

A ajudar a este movimento estão também as companhias aéreas 'low-cost' (baixo custo), que "não trazem só turistas", mas permitem também que estas empresas estejam no país e contactem com os seus clientes na Europa toda, acrescentou.

Por isso, considera, "se Portugal se preparar" e se este fenómeno não for só um projeto político, esta atração de startups "tem condições para ser um projeto mobilizador de toda a sociedade portuguesa, de todos os partidos, empresários, colaboradores de universidades e imprensa".

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório