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"Balde de água fria". Para que serviu o aumento das taxas de juro?

Banco de Portugal explica o objetivo do BCE em ter aumentado as taxas de juro em resposta à subida dos preços.

"Balde de água fria". Para que serviu o aumento das taxas de juro?

O Banco de Portugal (BdP) explicou, na segunda-feira, que o aumento das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE) serviu como deitar um "balde de água fria" na economia com o objetivo de 'travar' a subida dos preços e desacelerar a inflação. 

"O surto de inflação vivido no pós-pandemia teve como resposta do BCE um aumento das taxas de referência. Subir juros funciona como deitar um balde de água fria na economia, refreando o avanço dos preços dos bens e serviços que compramos para colocar a inflação na meta de 2%", diz o BdP, numa publicação partilhada na rede social X (antigo Twitter). 

Depois de o BCE subir as taxas de referência, o que acontece é que, em resposta, "os bancos comerciais aumentam os juros dos seus empréstimos e depósitos, desincentivando e encarecendo os primeiros e incentivando os segundos".

Na prática, explica o BdP, "isso tende a conduzir a menos consumo e investimento, o que arrefece a economia". 

"Ao longo de 2023, o BCE deu continuidade a esse ciclo de subidas, aumentando os juros em 0,5 pontos nas reuniões de fevereiro e março, e 0,25 pontos nas reuniões de maio, junho, julho e setembro", relembra o supervisor da banca. 

O que se prevê agora? 

Em meados de abril, o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, disse no Parlamento Europeu que o banco central fará em junho um corte das taxas de juro se a evolução dos dados continuar a mostrar uma melhoria da inflação.

"Temos sido muito claros no que respeita à política monetária. Se as coisas continuarem a evoluir como ultimamente, em junho estaremos preparados para reduzir as restrições da política monetária", disse Guindos, em audição da Comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu.

Guindos disse que a inflação tem descido e que as projeções do BCE perspetivam que mantenha essa trajetória ainda que a um ritmo mais moderado atingindo em 2025 a meta de 2%.

No entanto, o vice-presidente do BCE reconheceu que existem alguns riscos que podem influenciar a evolução dos preços, incluindo a evolução dos salários, da produtividade, dos custos unitários do trabalho, das margens de lucro e os riscos geopolíticos.

Leia Também: "Há expectativa de, em junho, termos uma baixa da taxa de juro"

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