PIB grego contrai-se 0,5% no terceiro trimestre
O Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia no terceiro trimestre registou uma contração de 0,5% face ao segundo trimestre e de 0,4% face ao período homólogo de 2014, indicou hoje a agência nacional de estatística grega, Elstat.
© Reuters
Economia Elstat
Durante o terceiro trimestre, a Grécia foi ameaçada de ser expulsa da zona euro pelos parceiros e foi 'forçada' a impor um controlo de capitais, ainda em vigor.
Esta contração - uma primeira estimativa da Elstat - depois de dois trimestres de crescimento, era antecipada pelos analistas, apesar de o país ter tido uma época turística "muito boa" no último verão e da Comissão Europeia prever um regresso à recessão este ano e em 2016, depois de ter registado em 2014 um crescimento, de 0,7%.
A Elstat também reviu em baixa o crescimento verificado no segundo trimestre, para 0,4%, contra uma estimativa de 0,9%.
Em termos homólogos, o PIB da Grécia recuou 0,4% no terceiro trimestre deste ano.
Este dado é anunciado numa altura em que Atenas negoceia com os credores internacionais a adoção de uma primeira série de medidas de austeridade e de reformas para obter a transferência de dois mil milhões de euros e de um 'envelope' de 10 mil milhões de euros para salvar o sistema bancário grego.
A Grécia, cuja economia só emergiu em 2014 depois de seis anos de recessão, escapou à justa, em julho, à bancarrota e a uma saída da zona euro, quando o primeiro-ministro de esquerda radical, Alexis Tsipras, acabou por aceitar um novo plano de resgate financeiro da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
No entanto, face ao risco de um movimento de pânico bancário, Atenas viu-se obrigada a impor a 29 de junho um controlo de capitais, ainda em vigor, que secou uma economia já enfraquecida por seis anos de austeridade.
Na sequência dos acontecimentos, o primeiro-ministro também precipitou eleições legislativas para 20 de setembro, que acabaram por reconduzi-lo no cargo.
Segundo as últimas previsões de outono da Comissão Europeia, a Grécia, sobre-endividada e forçada à adoção de medidas de austeridade, consideradas recessivas por numerosos economistas, em troca da ajuda da UE e do FMI no valor de 86 mil milhões, só deverá crescer, designadamente, 2,7% em 2017.
Entretanto, a economia, segundo as mesmas previsões, deverá registar contrações de 1,4% em 2015 e de 1,3% em 2016.
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