Chefe governo espanhol nega "vingança" contra a Grécia
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, negou hoje ter havido na reunião de líderes uma "vingança" contra a Grécia por ter convocado um referendo e pediu a todos os países da União Europeia que certifiquem o acordo.
© Reuters
Economia Rajoy
A cimeira da zona euro, iniciada domingo à tarde, terminou hoje de manhã, após 17 horas de negociações, com um acordo de princípio em torno de um terceiro resgate à Grécia para três anos, num valor de aproximadamente 86 mil milhões de euros, com uma série de condicionalidades que as autoridades gregas devem começar a legislar e implementar no imediato.
Em declarações aos jornalistas no final da cimeira, Mariano Rajoy considerou que o acordo de hoje foi "uma boa decisão, porque a Grécia pode permanecer no euro".
Questionado sobre se existiu um "toque de vingança" por parte das instituições e dos restantes credores por causa do referendo, Rajoy contestou: "Em absoluto. As medidas apresentadas são razoáveis e foram aprovadas por todos os países do euro, incluindo a Grécia.
Na sua opinião, se a Grécia cumprir terá um programa que "trará dinheiro e que será muito útil para uma melhoria de vida dos cidadãos.
"Agora, o importante é que todos cumpram os seus compromissos. Nós vamos cumprir e esperamos também que o Parlamento grego o faça. Trata-se de ser sérios, fazer as coisas bem e cumprir os compromissos, porque isso vai trazer resultados", assinalou.
Questionado pelos jornalistas sobre se a negociação foi dura, Rajoy disse que tantas horas seguidas de discussão, noite dentro, "não é realmente algo muito cómodo".
"Mas, as negociações foram como tinham de ser, defendendo cada um as suas posições e acredito que no final se chegou a uma situação equilibrada", salientou.
Rajoy considerou que o mais importante é a Grécia continuar na zona euro e a União Europeia continuar solidária com o país.
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