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CIP/ISEG preveem que economia cresça este trimestre e evite a recessão
O barómetro de conjuntura económica CIP/ISEG estima que neste último trimestre do ano a economia vai crescer, evitando a recessão, mas que 2024 será um ano de travagem no crescimento económico.
© Shutterstock
Economia Barómetro
Segundo a análise económica da Confederação Empresarial de Portugal e do ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão, "os três derradeiros meses do ano terão conseguido resistir", com a economia a crescer, pelo que Portugal "evitou entrar em recessão (dois trimestres consecutivos com crescimento negativo)" ainda que "por muito pouco".
Assim, a previsão indica que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu em cadeia no quarto trimestre em pelo menos 0,2% (face ao terceiro trimestre). Já em termos homólogos (comparação com o mesmo trimestre do ano passado) a estimativa é de uma desaceleração do crescimento.
O barómetro diz que a procura externa teve contributo positivo, o que considera "uma boa notícia para as empresas exportadoras e para a economia nacional". Ainda assim, o principal impulsionador do crescimento no quarto trimestre terá sido o crescimento do consumo privado.
Para o total de 2023, o barómetro prevê um crescimento do PIB de 2,2% (já estimado anteriormente).
Para 2024, a previsão é de um crescimento entre 1% e 2%, num valor central a rondar os 1,5%. Os riscos para o crescimento vêm, segundo esta análise, da evolução da economia da zona euro e de não haver uma resolução da crise política portuguesa.
"A travagem económica é evidente, apesar de provavelmente o país ter evitado entrar em recessão. Ainda assim, o crescimento neste último trimestre do ano está a ser fraco e antecipa um 2024 de ainda mais travagem e muita incerteza. Mais do que nunca, os partidos políticos têm o dever de compreender a situação espinhosa e agir à altura das circunstâncias. A economia não pode parar. Cada hesitação e adiamento terá um preço a pagar", afirma o presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, citado em comunicado.
Leia Também: Relacionamento entre Executivo e Justiça? "Questão antiga e latente"
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