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Concorrência determinou coimas de 17,8 milhões de euros

A Autoridade da Concorrência (AdC) determinou o pagamento de coimas por práticas restritivas em cinco processos em 2012, num total de 17,8 milhões de euros, incluindo 25 mil euros em custas, segundo um relatório hoje publicado.

Concorrência determinou coimas de 17,8 milhões de euros
Notícias ao Minuto

19:22 - 16/09/13 por Lusa

Economia Em 2012

De acordo com o relatório de atividades de 2012, hoje publicado em Diário da República, a AdC realizou quatro condenações em 2012: uma no mercado da distribuição de produtos alimentares lácteos, outra no da restauração coletiva e uma no mercado dos formulários impressos e comerciais, todas por práticas restritivas da concorrência, e uma última no mercado dos medicamentos por abuso de posição dominante.

No caso da restauração, a AdC condenou cinco empresas que operam neste mercado - a Eurest, a Trivalor, a Uniself, a ICA e a Nordigal - num total de 14.720.000 euros, por práticas lesivas da concorrência no mercado das refeições e serviços de gestão e exploração de refeitórios, cantinas ou restaurantes.

Também a Lactogal foi multada com uma coima de 341.098 euros, por práticas lesivas da concorrência nos mercados da distribuição e comercialização de produtos lácteos no canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés) em Portugal.

Em causa estava a existência de indícios da implementação de acordos verticais de fixação de preços nos contratos celebrados pela Lactogal com os seus distribuidores no canal Horeca.

No setor gráfico, a instituição agora presidida por António Ferreira Gomes condenou quatro empresas do setor a coimas que ascenderam a 1.797.978,51 euros por "práticas restritivas da concorrência muito graves, no mercado dos impressos e formulários comerciais".

As empresas condenadas foram a Contiforme, a Litho Formas Portuguesa, a Copidata e a Formato, Formulários Múltiplos Comerciais.

Num outro processo, por abuso de posição dominante, a Autoridade da Concorrência condenou a Roche Farmacêutica Química ao pagamento de uma coima de 900.000 euros no âmbito de um processo de concursos públicos hospitalares para o fornecimento de medicamentos realizados em 2006.

O documento dá ainda conta de "uma execução orçamental exemplar" em 2012, que se situou nos 6,4 milhões de euros, abaixo da execução de 7,5 milhões de euros em 2011 e inferior ao orçamentado para 2012 (7,2 milhões).

"Uma tal execução orçamental foi possível através de uma redução muito seletiva e muito direcionada das despesas, de modo a não afetar a capacidade de atuação presente da instituição, no quadro da missão que lhe está confiada por lei", lê-se no relatório.

Os resultados líquidos da AdC atingiram os 2.775.464 euros em 2012, mas a Autoridade alerta que este valor deve ser interpretado cautelosamente, tendo em conta a aleatoriedade da relação entre o valor das coimas que são aplicadas e o valor das que são posteriormente cobradas, em consequência de decisões judiciais.

"Isso faz com que, no ano de aplicação de uma coima elevada, o valor do resultado líquido do exercício seja desproporcional em relação ao valor dos proveitos (e aos resultados reais que serão efetivamente registados), o que poderá gerar uma situação económica consideravelmente desfasada da situação financeira", exemplifica a instituição, argumentando que tal se deve ao facto de se considerar contabilisticamente como receita efetiva uma coima que não se sabe se e quando se recebe.

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