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Banca pode travar corrida de Godinho
Godinho Lopes tem a sua posição fragilizada e o sector bancário está inclinado a dizer "não" à vontade de voltar a concorrer ao mais alto cargo do clube.
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Desporto Sporting
O panorama pré-eleitoral começa agora a desenhar-se em Alvalade e as definições estão naturalmente distantes, pese embora seja de curta duração a janela aberta para formação de listas concorrentes ao sufrágio marcado para 23 de Março próximo. Ao que O JOGO apurou, é intenção do presidente cessante Godinho Lopes ir novamente a votos, mas tal pretensão poderá não apenas motivar insuficientes apoios como mesmo, no limite, ser travada pelas entidades bancárias credoras do Sporting, cuja palavra será sempre de extrema preponderância. O ainda líder já foi sensibilizado para não se recandidatar.
Apesar de não resistir à crescente onda de contestação, optando pela renúncia do cargo e assim evitar um "julgamento" em sede de assembleia geral - arrastando consigo todos os órgãos sociais -, o gestor que liderou o emblema de Alvalade durante quase dois anos mantém a convicção de que reúne condições para levar avante os seus intentos, que passam pela consolidação financeira dos verdes e brancos e na reabilitação desportiva do futebol, sua força motriz. Porém, a despeito de ter levantado 108 milhões de euros para o clube, como lembrou anteontem numa entrevista a um programa televisivo, jogam claramente a desfavor do presidente ainda em funções os nulos resultados na principal actividade do Sporting, o futebol; a intensa e permanente turbulência vivida no clube; as diversas alterações nos quadros técnicos, sem esquecer o desastre que foi a ponta final do mercado de Janeiro, na qual os leões falharam três alvos para reforçar o ataque nos últimos três dias disponíveis para aquisições (Paulo Henrique, Niculae e Kléber).
Outro aspecto relevante passa pela escassez de apoio em torno de Godinho Lopes. Salvo um punhado de fiéis dirigentes do actual figurino directivo e administrativo, O JOGO sabe que vários membros da Direcção e do próprio Conselho Fiscal se distanciaram do líder nos últimos meses, cenário que dificulta sobremaneira a formação de uma lista para concorrer às eleições de 23 de Março. Contudo, Godinho continua a acreditar, mesmo que lhe possam ou tentem barrar o caminho.
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