Miguel Albuquerque promete novas casas a custos controlados
O cabeça de lista do PSD às eleições regionais na Madeira, Miguel Albuquerque, comprometeu-se hoje a construir mais 695 novas habitações a custos controlados num novo mandato, se for reeleito, assegurando que todas as suas promessas são "exequíveis".
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Política Madeira
"O nosso compromisso é a construção, até ao fim do próximo mandato, de 1.500 habitações", disse o também presidente demissionário do Governo Regional junto a um empreendimento habitacional na freguesia do Caniço, no concelho de Santa Cruz, uma visita inserida na campanha eleitoral.
As cerca de 1.500 casas indicadas englobam 613 frações de renda acessível que o executivo PSD/CDS -- atualmente em gestão - tem em construção e outras 200 que já prevê edificar até ao final de 2026.
"Depois, o nosso compromisso é a construção de mais 695 casas no próximo mandato na modalidade de custos controlados, ou seja, através da cedência de terrenos do Governo [Regional] ou das entidades públicas, com IVA reduzido", acrescentou.
O também líder social-democrata madeirense adiantou que neste caso existe "a possibilidade, através desta modalidade, de colocar as casas no mercado a preços 35% inferiores ao valor de mercado".
Miguel Albuquerque aproveitou o facto de estar no concelho de Santa Cruz, governado há 11 anos pelo Juntos Pelo Povo, para apontar que este partido, ao longo deste tempo, "não fez nenhuma casa" e "nem sequer teve a capacidade de se candidatar ao Primeiro Direito, ao abrigo do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], que possibilitava às câmaras construírem habitações".
No Caniço, indicou, o Governo Regional está a construir 84 frações.
Questionado sobre críticas de vários partidos da oposição sobre exageros nos seus anúncios, o cabeça de lista declarou que as suas promessas "estão contabilizadas e são consistentes", tal como "são todas exequíveis" e "sustentáveis do ponto de vista financeiro".
Já o PS/Madeira, acrescentou, precisaria de "dois orçamentos" para cumprir todas as promessas do seu líder e cabeça de lista às eleições de 26 de maio, Paulo Cafôfo.
Albuquerque foi ainda confrontado com uma música hoje entoada no almoço-comício do Bloco de Esquerda. "Se o Albuquerque não tem juízo, trabalhas mais do que é preciso, vota no Roberto, vota no Roberto. É para votar, é para votar, para isto mudar", cantou a comitiva bloquista, numa adaptação da música "O corpo é que paga", de António Variações nesse encontro.
O candidato argumentou que, "ao contrário do Bloco de Esquerda, que defende ideologias totalitárias e os Estados autoritários" é um social-democrata que defende "a liberdade e o pluralismo".
"Ao contrário dos comunistas que, onde reinaram, tiveram ditadura e, sobretudo, a não existência de liberdade. Eu sou um defensor da liberdade política, ao contrário dos comunistas", concluiu.
Catorze candidaturas disputam os 47 lugares no parlamento regional: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando Albuquerque foi constituído arguido num processo de alegada corrupção.
Em 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.
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