Este ano, a maioria dos portugueses vai sentir um alívio em sede do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), de acordo com a proposta do Governo, que poderá dar uma poupança superior a 400 euros em alguns casos.
De sublinhar que o Conselho de Ministros aprovou, na quarta-feira, a proposta de lei para uma redução adicional no IRS no valor de 500 milhões de euros, a aplicar-se ainda este ano, medida que já deu entrada no Parlamento.
No seguimento desta medida, o Ministério das Finanças divulgou um conjunto de simulações, que mostram que as poupanças podem chegar a mais de 400 euros por ano, face aos atuais escalões do imposto que estão em vigor no âmbito do Orçamento do Estado para 2025.
Contas feitas pela tutela, revelam que as poupanças começam nos 34 euros por ano para quem tem rendimentos de 1.000 euros, para um contribuinte sem filhos, mas podem ultrapassar os 400 euros (414 euros, mais propriamente) no caso de um casal em que ambos tenham rendimentos de 3.000 euros, conforme pode ver na tabela que se segue:
Alívio no IRS poderá ser superior a 400 euros© Ministério das Finanças
Além disso, vale referir que a medida tem retroativos a janeiro deste ano, o que significa que os portugueses vão receber, no final deste ano, o imposto que foi retido a mais nos meses até serem aplicadas as novas tabelas agora anunciadas.
Para perceber melhor o impacto que este alívio do IRS vai ter nos salários, pode ver no artigo do Notícias ao Minuto que sugerimos de seguida todas as simulações divulgadas pelo gabinete do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento:
Em comunicado divulgado na quarta-feira, o Conselho de Ministros destacou que a proposta aprovada "permite um novo alívio da carga fiscal, reduzindo adicionalmente as taxas marginais em todos os escalões, até ao 8.º escalão".
A proposta do Governo prevê decréscimos das taxas de IRS de 0,5 pontos percentuais entre o primeiro e terceiro escalões, 0,6 pontos percentuais entre o quarto e sexto e 0,4 pontos percentuais no sétimo e oitavo.
Na mesma nota, o Conselho de Ministros sublinhou que o Governo quer "aproximar, o mais possível, o valor do imposto retido àquele que é devido no final".
"Assim, serão aprovadas novas tabelas de retenção na fonte que refletirão a redução de taxas do IRS, com efeito retroativo a janeiro", pode ler-se.
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