Marcelo "percebe ideia" de celebrar Consolidação da Independência

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje perceber a ideia do Presidente brasileiro, Lula da Silva, de celebrar o 2 de Julho como Dia Nacional da Consolidação da Independência do Brasil.

 Marcelo ; Filipe Nyusi ; Lula da Silva ; Palácio de Belém ; Presidente do Brasil ; Presidente de Moçambique

© REUTERS

Lusa
02/07/2025 21:57 ‧ há 3 dias por Lusa

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Brasil

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre este assunto na Cidadela de Cascais, no distrito de Lisboa.

 

"Eu percebo a ideia", respondeu o chefe de Estado português.

"A ideia é a seguinte: houve, de facto, a independência, o chamado grito do Ipiranga do príncipe regente D. Pedro, que viria a ser o primeiro imperador do Brasil, e depois houve, de facto, em algumas partes do Brasil resistências nomeadamente de militares portugueses", enquadrou.

O Presidente da República acrescentou que houve "militares portugueses que entenderam que não se justificava seguir o passo do futuro imperador do Brasil" e que a Bahia foi "dos últimos pontos do futuro império brasileiro a aderir à independência".

"E, portanto, eu percebo a ideia. A ideia é dizer que foi o facto de essa rebelião ter sido superada, vencida, que consolidou o passo de D. Pedro dado inicialmente. Corresponde à História", acrescentou. 

Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que "de facto, a iniciativa é de D. Pedro, embora com o apoio generalizado de brasileiros e das forças armadas que apoiavam até então o príncipe regente, mas é verdade que houve algum tempo até haver essa consolidação, e que a consolidação é vista como uma espécie de confirmação do que aconteceu no momento da declaração da independência".

Interrogado se não vê na proposta de Lula de instituir o 02 de Julho de 1823 como Dia da Consolidação da Independência uma tentativa de mudar um pouco a História, contrapôs: "A História é assim mesmo".

O chefe de Estado repetiu que foi de D. Pedro "o primeiro passo de romper as relações" com o império português, mas que "houve um movimento militar e popular seguinte que reforçou esse passo", salientando que "isso é um facto".

"É a mesma coisa que em Portugal discutir-se acerca do 25 de Abril", comparou, referindo que "no processo revolucionário há várias fases, e portanto pode-se perfeitamente dizer que o mérito inicial é dos capitães de Abril, mas não há dúvida que depois se consolida pela importância do movimento popular e pela evolução do processo militar".

Sobre a sua proposta de instituir o 02 de Julho como Dia da Consolidação da Independência, Lula da Silva defendeu que é importante ser conhecido e ensinado "que apenas em 02 de julho de 1823 é que o povo baiano expulsou definitivamente os portugueses do Brasil".

O Presidente brasileiro ressalvou que tem "todo o respeito" pelo 07 de setembro, feriado nacional, em que se celebra a declaração da independência do Brasil, em 1822.

[Notícia atualizada às 22h36]

Leia Também: Lula propõe Dia da Consolidação da Independência do Brasil a 2 de julho

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