Marcelo Rebelo de Sousa falava na Cidadela de Cascais, perante Carlos Carreiras, durante a inauguração de um café inclusivo, projeto de uma cadeia hoteleira em parceria com uma organização dedicada à formação socioprofissional de adultos com dificuldade intelectual e do desenvolvimento.
O chefe de Estado considerou que Carlos Carreiras, que chefia o executivo municipal de Cascais desde 2011, e não se poderá recandidatar por limite de mandatos, "foi um grande presidente da Câmara" e "ainda é um grande presidente da Câmara".
"Eu assisti ao começo, na verdadeira acessão da palavra, da atividade cívica, política do senhor presidente da Câmara e, depois, da atividade autárquica. E não há dúvida de que aquilo que fez ao longo da sua vida, e que eu pude testemunhar, foi verdadeiramente excecional", declarou.
O Presidente da República defendeu que é fundamental saber "fazer valer os talentos de todos", em conjunto: "Isso chama-se partilha, chama-se comunhão, chama-se solidariedade, chama-se fraternidade"
"E o senhor presidente da Câmara fez isso durante os seus mandatos autárquicos. Porque fez crescer, fez criar riqueza, fez desenvolver, fez haver turismo, fez tudo isso, mas com uma preocupação social, sempre, não só de criatividade, mas social", acrescentou.
Depois, Marcelo Rebelo de Sousa apontou o projeto do café inclusivo hoje inaugurado, parceria entre o Grupo Pestana e a organização não-governamental Semear, como "um bom exemplo, magnífico exemplo" que deve ser seguido.
"É o que devem fazer os empresários e as empresas", apelou.
"Ganham todos, quando há exemplos como este e muitos outros. Isto devia ser a prática das empresas", reforçou.
O chefe de Estado enalteceu o trabalho da organização Semear, e disse que "importantes são sobretudo aqueles que fazem coisas pequenas que produzem grandes efeitos, e não aqueles que têm grandes aparências e produzem muito pouco efeito".
Marcelo Rebelo de Sousa, que mora "do outro lado da rua", prometeu que irá passar por ali e até se dispôs a ser "mais um" a trabalhar neste projeto, "a partir do meio-dia do dia 9 de março" do próximo ano, depois de cessar funções como Presidente da República.