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Relatório sobre incêncidos: "Não quero tratar levianamente este assunto"

O ex-secretário de Estado da Administração Interna e atual deputado do PS Jorge Gomes evitou hoje comentar o relatório da comissão técnica independente sobre os incêndios de outubro de 2017 para não "tratar levianamente o assunto".

Relatório sobre incêncidos: "Não quero tratar levianamente este assunto"
Notícias ao Minuto

16:15 - 21/03/18 por Lusa

País Jorge Gomes

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa, o deputado socialista afirmou que este é um relatório de "quase 300 paginas, muito complexo, que exige alguma reflexão".

"Não quero tratar levianamente este assunto", disse, acusando a oposição de estar a fazer isso mesmo e pedindo tempo para analisar o relatório.

Jorge Gomes foi secretário de Estado da ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa, que se demitiu em outubro, após os incêndios na região centro.

Constança Urbano de Sousa, que assumiu o lugar de deputada do PS após a saída do Governo, não fez qualquer comentário ao conteúdo do relatório.

"Numa matéria desta gravidade, em que aconteceu tudo o que sabemos que aconteceu, e que nos marcou muito, e a mim marcou muito, para a vida toda, não quero tratar levianamente este assunto", afirmou.

A comissão técnica independente que analisou os grandes incêndios rurais de 2017 entregou na terça-feira, no parlamento, o relatório dos fogos de outubro, envolvendo oito distritos das regiões Centro e Norte.

O documento, que atualiza para 48 o número de mortos nesse mês, conclui que falhou a capacidade de "previsão e programação" para "minimizar a extensão" do fogo na região Centro (onde ocorreram as mortes), perante as previsões meteorológicas de temperaturas elevadas e vento.

A junção de vários fatores meteorológicos, descreve, constituiu "o maior fenómeno piro-convectivo registado na Europa até ao momento e o maior do mundo em 2017, com uma média de 10 mil hectares ardidos por hora entre as 16:00 do dia 15 de outubro e as 05:00 do dia 16".

Contudo, a Autoridade Nacional de Proteção Civil pediu um reforço de meios para combater estes incêndios devido às condições meteorológicas, mas não obteve "plena autorização a nível superior", e a atuação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi "limitada" por falhas na rede de comunicações.

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