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Cunhado do rei de Espanha pede absolvição de pena de prisão

O advogado que defende o cunhado do rei de Espanha pediu hoje, numa sessão de recurso apresentado contra a sentença, a absolvição no caso de corrupção que o envolve e em que foi condenado a seis anos de prisão.

Cunhado do rei de Espanha pede absolvição de pena de prisão
Notícias ao Minuto

17:22 - 21/03/18 por Lusa

Mundo Supremo

A defesa alegou junto do Supremo Tribunal, em Madrid, que Inaki Urdangarin, casado com uma irmã de Felipe VI, já foi "condenado" por parte da sociedade "e determinados meios de comunicação" social.

Por seu lado, o Ministério Público defendeu o agravamento para dez anos da sua pena de prisão como "instigador" do saque de fundos públicos, estimando que certos delitos não foram tomados em consideração pelo Tribunal de Palma de Maiorca (arquipélago das Baleares) que o condenou em fevereiro de 2017.

O Supremo deverá tomar uma decisão final daqui a algumas semanas, depois desta audiência, à qual Inaki Urdangarin não assistiu.

A Justiça espanhola absolveu em 17 de fevereiro de 2017 a infanta Cristina, irmã do rei espanhol, da suspeita de evasão fiscal no caso Nóos, mas condenou o seu marido.

O marido de Cristina e cunhado do rei, Inaki Urdangarin, foi condenado na mesma sentença a seis anos e três meses de prisão e ao pagamento de uma multa de 512.553 euros por enriquecimento com dinheiros públicos, através de um esquema fraudulento feito pelo Instituto Nóos, que fundou e dirigiu entre 2004 e 2006.

A decisão do juiz foi conhecida 11 anos depois do início do caso, quando um deputado socialista pediu explicações pelos custos elevados de um fórum sobre turismo e desporto organizado por Iñaki Urdangarin para o governo regional das Ilhas Baleares.

Urdangarin foi acusado de ter utilizado as suas ligações à família real para ganhar concursos públicos para organizar, entre outros, eventos desportivos, tendo em seguida desviado fundos para a Aizoon, uma empresa que ele geria em conjunto com a infanta Cristina e utilizava para financiar o seu estilo de vida luxuoso.

Durante o julgamento, a infanta negou ter conhecimento das atividades do marido.

Este caso de corrupção que envolveu a irmã do rei foi seguido com grande interesse em Espanha e no estrangeiro, tendo manchado a reputação da monarquia e contribuído para a abdicação do rei Juan Carlos, em junho de 2014, a favor do filho.

Se Urdangarin perder este recurso terá a possibilidade de apresentar um último recurso perante o Tribunal Constitucional.

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