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Espero que Trump entenda "quão sério e urgente" são mudanças climáticas

O secretário-geral das Nações Unidas manifestou hoje na Conferência do Clima (COP 22), em Marraquexe, a esperança que o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, possa "ouvir e entender o quão sério e urgente são as mudanças climáticas".

Espero que Trump entenda "quão sério e urgente" são mudanças climáticas
Notícias ao Minuto

10:44 - 15/11/16 por Lusa

Mundo Ban Ki-moon

A recente notícia da eleição do republicano Donald Trump, no último dia 9 de novembro, e a sua promessa de que retirará os Estados Unidos do Acordo de Paris afetaram as discussões e negociações que estão a ocorrer durante a 22.ª Conferência Quadro das Partes sobre Mudanças Climáticas, que ocorre até ao próximo dia 18, em Marraquexe, Marrocos.

Ban Ki-moon está em Marrocos para participar na sua última COP como secretário-geral e afirmou que espera que o futuro Presidente norte-americano compreenda a gravidade das mudanças climáticas.

"Na última semana falei com o Presidente eleito, o sr. Trump, e levei muitos assuntos como paz e segurança, incluindo o tema das mudanças climáticas. Continuo muito otimista quanto ao combate às mudanças do clima", disse Ban Ki-moon.

O sul-coreano afirmou que deverá ter outro encontro pessoal com Trump antes do fim do seu mandato na ONU para discutir todos os temas globais incluindo o aquecimento do planeta.

"Ele terá que entender a realidade de todo o mundo. Vou discutir pessoalmente este tema com ele. Acredito que entenda. Quase todos os países que assinaram o Acordo já o ratificaram, eles [Estados Unidos] representam 95% das emissões de gases de efeito estufa no mundo".

Segundo o responsável, nenhum país foi forçado a assinar o Acordo de Paris. "Os países-membros assinaram porque acreditam que é de interesse de seu país e de todo o planeta. Olhe ao redor, não é apenas o governo, mas os executivos de empresas e a sociedade civil se comprometeram a atuar e a se mobilizar para um futuro melhor".

Nesta terça-feira, chefes de Estado e de Governo e ministros discursarão em plenária na COP22, incluindo os primeiros-ministros português, António Costa, e são-tomense, Patrice Trovoada.

A Conferência do Clima ocorre um ano após o Acordo de Paris, quando 195 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram o acordo para limitar o aumento da temperatura do planeta em até 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.

O desafio nesta Cimeira em Marrocos é alcançar um consenso sobre as regras de como implementar o Acordo de Paris.

O tema do financiamento está no centro do debate, tanto em relação à ajuda pública aos países em desenvolvimento de 100 mil milhões de dólares, prometidos até 2020, como ao objetivo de tornar "mais verdes" as finanças mundiais.

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