O governo italiano manifestou-se hoje disponível para participar na reconstrução da Faixa de Gaza e nos esforços de manutenção da paz através do envio de tropas para o território palestiniano.

"A Itália (...) está pronta para fazer a sua parte para consolidar o cessar-fogo, entregar nova ajuda humanitária e participar na reconstrução de Gaza", disse o chefe da diplomacia italiana, Antonio Tajani, nas redes sociais.

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Mais de 150 camiões atravessaram hoje a fronteira egípcia em direção a Gaza, disseram duas fontes da Cruz Vermelha egípcia à agência de notícias France-Presse (AFP).

A partida dos camiões para Gaza seguiu-se ao anúncio do acordo entre Israel e o grupo extremista palestiniano para um cessar-fogo na guerra iniciada há dois anos.

Uma das fontes disse que "153 camiões com ajuda humanitária foram encaminhados pela estrada secundária do posto de Rafah em direção ao ponto de passagem de Kerem Abou Salem para serem entregues na Faixa de Gaza".

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou hoje o acordo em torno da primeira fase do plano de paz para o conflito israelo-palestiniano, afirmando que todos torcem para que o mesmo corra bem.

"Todos esperamos que seja o primeiro passo de um caminho irreversível e definitivo. Eu não queria deixar de saudar este primeiro passo, que demorou tanto tempo, foi tão difícil e foi tão complicado", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, à chegada à Tallin, onde participará num encontro do Grupo de Arraiolos.

O Presidente da República sublinhou que este "primeiro passo" contou, além da iniciativa do Presidente norte-americano, Donald Trump, "com a aceitação e colaboração de Israel, fundamental, da Autoridade Palestiniana, depois do próprio Hamas, que acabou por subscrever, e de países da região que foram incansáveis", destacando designadamente o Egito, a Turquia, o Qatar "e outros países árabes ditos moderados".

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Em entrevista à Fox News, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Sa'ar, afirmou que Israel está comprometido com o acordo de paz elaborado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza.

Já sobre a implementação da primeira fase do acordo, Sa'ar disse: "Teremos um primeiro um cessar-fogo imediatamente após a decisão ser aprovada pelo governo, e depois o compromisso do Hamas de que dentro de 72 horas libertará os reféns".

O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou, esta tarde, que ontem, quarta-feira, foi alcançado um acordo que "ninguém acreditava", acrescentando que os reféns israelitas (vivos e mortos) deverão ser libertados na "segunda-feira ou terça-feira" e que deverá viajar até ao Egito onde será assinado "oficialmente" o acordo de paz. 

"Ontem à noite, alcançámos um avanço significativo no Médio Oriente. Acabámos com a guerra em Gaza e, de facto, numa base maior, criamos paz. Espero que [seja] uma paz duradoura no Médio Oriente", referiu em declarações aos jornalistas na Casa Branca.

E acrescentou: "[Os reféns] Devem ser libertados na segunda-feira ou terça-feira [...] é um processo complicado. Prefiro não dizer o que é preciso fazer", disse.

Donald Trump deu ainda conta de que tentará "viajar para o Médio Oriente na próxima semana". No entanto, esclareceu que esse momento ainda não foi definido.

O ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão saudou o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, notando que Teerão "sempre apoiou qualquer ação e iniciativa que termine com a guerra".

Teerão apoia ainda a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza, a libertação dos prisioneiros palestinianos, assim como a entrega de ajuda humanitária.

Irão apoia acordo de paz e pede retirada israelita de Gaza

O Irão disse hoje apoiar qualquer iniciativa que acabe com "o genocídio" em Gaza e que inclua a retirada das forças israelitas e a entrada de ajuda humanitária, após o acordo de paz entre Israel e o Hamas.

Lusa | 16:28 - 09/10/2025

O gabinete de Segurança israelita já está reunido para discutir o acordo de paz, depois de 90 minutos de atraso. A informação foi dada pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou, esta tarde, que as próximas horas serão "decisivas" para consolidar o acordo de paz entre Israel e o grupo islamita Hamas.

"O interesse do povo palestiniano é que a guerra acabe. Há centenas de milhares de feridos que já não conseguem ser tratados, dezenas de milhares de vítimas que esperam ser enterradas pelos seus entes queridos", disse à entrada da reunião em Paris.

De acordo com o The Guardian, a vice-presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas, afirmou que a União Europeia está pronta para discutir de que forma pode contribuir para o plano de paz.

Note-se que Kaja Kallas, que representará a União Europeia, irá participar numa reunião em Paris que tem como propósito discutir o acordo de paz entre o Hamas e Israel.

Na reunião vão participar também os ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido, Turquia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Jordânia. 

O grupo islamita Hamas pediu garantiras ao presidente norte-americano, Donald Trump, e aos estados mediadores de que Israel irá implementar as disposições do acordo.

"Houve conversações sobre um cessar-fogo ao meio-dia de hoje, mas a ocupação, por considerações internas, está a adiar o anúncio para outras datas", disse uma fonte ao Al Jazeera.

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, partilhou, esta quinta-feira, uma imagem gerada por Inteligência Artificial (IA), na qual o chefe do Governo surge a atribuir o prémio Nobel da Paz, que será anunciado na sexta-feira, ao presidente norte-americano, Donald Trump.

"Deem o prémio Nobel da Paz a Donald Trump - ele merece!", escreveu o organismo, na rede social X (Twitter).

Give @realDonaldTrump the Nobel Peace Prize - he deserves it! 🏅 pic.twitter.com/Hbuc7kmPt1

— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) October 9, 2025

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o presidente norte-americano, Donald Trump, tiveram uma conversa "muito emocional", após o anúncio do estabelecimento de um acordo de cessar-fogo.

"Numa conversa telefónica, esta manhã, o primeiro-ministro Netanyahu agradeceu ao presidente Trump pelos seus esforços de liderança global para tornar tudo isto possível", disse a porta-voz do governo israelita, Shosh Bedrosian, citada pela Al Jazeera.

A responsável detalhou que "foi uma conversa muito emocional e calorosa, uma vez que ambos os líderes parabenizaram-se mutuamente por esta conquista histórica".

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou hoje que a Turquia vai participar na força internacional a ser enviada para Gaza ao abrigo do acordo de paz assinado no Egito entre Israel e o Hamas.

A "Força Internacional de Estabilização" (ISF, na sigla em inglês), criada no âmbito do plano de 20 pontos proposto pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será formada em cooperação com parceiros árabes e internacionais.

O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, saudou hoje o acordo alcançado entre Israel e o Hamas para Gaza, classificando-o como "extremamente significativo" e apelando à comunidade internacional para garantir a sua implementação.

"Todas as ações futuras devem ser orientadas pelos objetivos imediatos de pôr fim à matança, à fome e à destruição, e garantir o regresso seguro e digno dos reféns e dos palestinianos detidos arbitrariamente", afirmou Turk em comunicado.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá viajar para Jerusalém, em Israel, no domingo, de acordo com o gabinete do presidente israelita, citado pela Sky News.

Aquele meio detalhou que Isaac Herzog cancelou os planos para domingo, depois de a comunicação social israelita ter noticiado que o governo estava a preparar-se para receber o magnata, caso os reféns fossem libertados.

Presidência israelita admite visita de Trump a Israel no domingo

A Presidência israelita admitiu hoje a possibilidade de Donald Trump se deslocar domingo a Israel, no quadro do acordo de cessar-fogo e de libertação de prisioneiros e de reféns em Gaza, mediado pelo Presidente norte-americano.

Lusa | 16:29 - 09/10/2025

Os participantes nos ataques de 7 de outubro de 2023 ou dirigentes palestinianos como Marwan Barghouti estão fora da lista de 1.950 presos palestinianos que serão trocados por reféns, disseram hoje fontes do Hamas.

Também não integram a lista outros presos palestinianos, como Ahmed Sadat, Hasan Salameh e Abás al Sayed, cuja libertação foi exigida pelo Hamas ao longo de todo o processo negocial, admitiram as mesmas fontes à agência de notícias espanhola EFE.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, exortou hoje todas as partes a cumprirem integralmente os termos do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e disponibilizou o apoio das Nações Unidas ao processo.

"Saúdo o anúncio, ontem à noite [quarta-feira], de um acordo para garantir um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza, com base na proposta apresentada pelo Presidente Donald J. Trump", disse hoje Guterres numa declaração à imprensa, em Nova Iorque.

"Todos esperámos demasiado por este momento. Agora precisamos de o fazer realmente valer a pena. Exorto todas as partes a cumprirem integralmente os termos do acordo -- e a aproveitarem plenamente as oportunidades que este apresenta", instou. 

Pelo menos uma pessoa morreu e outras ficaram feridas, nos arredores da cidade de Hamad, a noroeste de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, segundo disse uma fonte do Hospital Nasser à Al Jazeera, esta quinta-feira.

Além disso, vários palestinianos ficaram feridos num ataque com drones que teve como alvo a escola Al-Yarmouk, a oeste da cidade de Gaza, de acordo com o mesmo meio.

Ao som de música 'techno' e empunhando bandeiras azuis e brancas e dos Estados Unidos, milhares de pessoas reuniram-se hoje de manhã na 'Praça dos Reféns', em Telavive, para celebrar o acordo alcançado entre Israel e Hamas.

Os manifestantes juntaram-se às famílias dos reféns, que começaram a festejar a tão aguardada notícia durante a noite.

O acordo, alcançado no âmbito das conversações em Sharm el-Sheikh, no Egito, na noite de quarta para hoje e anunciado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevê a libertação de todos os reféns do movimento islamita palestiniano e um cessar-fogo na Faixa de Gaza. 

O chefe da diplomacia de Israel, Gideon Saar, anunciou hoje que vai votar a favor do acordo com o Hamas sobre Gaza, que será submetido à aprovação na reunião do Governo israelita.

"Hoje, na reunião do Governo, terei o privilégio de votar pela terceira vez a favor de um enquadramento para a libertação de reféns", escreveu Saar nas redes sociais, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, alegou, esta quinta-feira, que Israel está a "manipular as datas, as listas e alguns dos procedimentos e medidas acordados no acordo de cessar-fogo".

"Estamos em contacto com os mediadores para obrigar a ocupação a cumprir o que foi acordado e não permitir que adie [o estabelecido]. Houve conversas sobre um cessar-fogo ao meio-dia de hoje, mas a ocupação, por considerações internas, está a adiar o anúncio para outras datas", disse Qassem à Al Jazeera Arabic. 

O responsável apontou que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pretende "mostrar ao povo que é ele quem controla as coisas, e quem as move e gere".

"Continuamos a dizer que a ocupação deve cumprir o que foi acordado e apelamos aos mediadores para que trabalhem no sentido de a obrigar a fazê-lo", complementou.

O presidente do Chega, André Ventura, considerou hoje que é preciso paz no Médio Oriente, mas sem "aceitar a chantagem de terroristas", e um acordo de cessar-fogo deve prever a libertação de reféns.

"Precisamos de paz, precisamos de paz na Rússia, na Ucrânia, precisamos de paz no Médio Oriente, e essa paz tem que ser trabalhada, custe o que custar e tem que ser trabalhada dizendo aos terroristas que nunca vamos aceitar a sua chantagem e a sua pressão, e obviamente que acho que isso deve ser uma exigência de todos", afirmou.

Israel e Hamas acordaram quarta-feira um cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, após negociações indiretas mediadas por Egito, Qatar, EUA e Turquia.

Confira aqui algumas perguntas e respostas sobre o princípio de entendimento, dois anos passados sobre o atentado do grupo armado islamista que matou 1.200 pessoas e fez 250 reféns, em Israel, seguindo-se uma ofensiva militar crescente das forças hebraicas sobre Gaza e mais de 66 mil mortos palestinianos.

A porta-voz do governo israelita, Shosh Bedrosian, disse, esta quinta-feira, que o cessar-fogo entrará em vigor "24 horas" após a reunião do executivo, que decorrerá pelas 17h00 (15h00 em Lisboa), avançou a Sky News.

A responsável deu conta de que Israel e o Hamas assinaram a proposta final do acordo esta manhã, no Egito.

Após o período de 24 horas, uma janela de 72 horas entrará em vigor, para a libertação de reféns e de prisioneiros. Finda esta operação, as tropas israelitas recuarão e Israel controlará 53% da Faixa de Gaza.

Assinada "versão final da primeira fase" do plano de paz para Gaza

A "versão final da primeira fase" do plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com a guerra em Gaza foi assinada hoje de manhã por todas as partes envolvidas, anunciou o Governo israelita.

Lusa | 15:15 - 09/10/2025

O anúncio do cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza causou hoje pequenas celebrações entre os palestinianos, mas estes ainda esperam a aplicação definitiva da trégua.

Durante a noite alguns populares saíram para as ruas para celebrar a notícia, entre música e aplausos, em localidades como Khan Yunis (sul) ou Deir al Balah (centro), segundo imagens difundidas pela cadeia qatari Al Jazeera.

As autoridades da Faixa de Gaza avisaram hoje a população para não tentar regressar a Gaza nem abandonar a cidade para evitar cruzar-se com tropas israelitas, apesar da esperada entrada em vigor de um cessar-fogo.

O Presidente egípcio destacou hoje como um "momento histórico" o acordo alcançado entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, com a mediação do Egito, entre outros países.

"O mundo está a testemunhar um momento histórico que personifica o triunfo da vontade de paz sobre a lógica da guerra", escreveu Abdel Fattah al-Sisi, na rede social Facebook.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou hoje o acordo para pôr fim à guerra em Gaza e manifestou esperança de que um compromisso semelhante possa ser alcançado para a Ucrânia.

"É importante que a perspetiva de estabelecer uma paz duradoura no Médio Oriente esteja mais próxima de se concretizar", escreveu Zelensky nas redes sociais, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

O secretário-geral do PCP saudou hoje o acordo alcançado entre Israel e o Hamas, pedindo que se traduza num "cessar-fogo imediato e permanente", e instou Telavive a cumpri-lo, ao contrário do que "fez há uns meses".

Em declarações aos jornalistas durante uma arruada na Avenida da Igreja, em Lisboa, Paulo Raimundo considerou que "qualquer passo que seja no sentido do fim do genocídio e da guerra, de um cessar-fogo permanente e da entrada imediata da ajuda humanitária que o povo da Palestina tanto precisa, é sempre positivo".

O porta-voz do Livre saudou hoje o cessar-fogo na Faixa de Gaza mas lamentou que o acordo seja "muito enviesado contra os palestinianos", avisando que é preciso continuar vigilante.

"Por um lado, nós vemos esta matança em grande medida indiscriminada e acho que qualquer pessoa que tenha sentimentos, pensa «alguma coisa que acabe com isto», mesmo que venha do sítio errado, mas que seja a coisa certa. Por outro lado, vemos que passados dois anos de guerra, isto é um acordo muito enviesado contra os palestinianos", criticou Rui Tavares.

O Hamas afirmou hoje que o acordo com Israel para a Faixa de Gaza implica "o fim da guerra" e garantiu que os mediadores deram "garantias" de que o exército israelita não violará o entendimento nem relançará a ofensiva.

Mohamad Hamdan, dirigente do braço político do Hamas, declarou ao canal de televisão qatari al-Araby que o acordo alcançado pelas partes "representa o fim definitivo da guerra em Gaza" e acrescentou que "o mundo deve supervisionar o comportamento de Israel na aplicação do acordo".

O dirigente do movimento de resistência islâmica pormenorizou que o exército israelita deverá retirar-se nas próximas horas das principais cidades da Faixa de Gaza, incluindo a cidade de Gaza, Rafah e Khan Yunis, sublinhando que "a primeira fase responderá à exigência mais importante do povo palestiniano, que é pôr fim à agressão".

Hamdan revelou que o acordo prevê a abertura de cinco passagens fronteiriças para a entrada de ajuda humanitária, com uma média de 600 camiões por dia. 

O Kremlin saudou hoje o acordo de paz alcançado na Faixa de Gaza, mas alertou que é necessário que seja seguido de ações, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

"Esperamos que a assinatura ocorra hoje e que ações sejam tomadas para pôr em prática o que foi acordado", disse o porta-voz presidencial russo, que se recusou a comentar se o Presidente norte-americano, Donald Trump, merece o prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho de mediação.

"Certamente apoiamos esses esforços. O facto de ter sido alcançado um cessar-fogo em Gaza é motivo de satisfação geral", disse Peskov, citado pela agência de notícias russa Interfax, antes de sublinhar que "todos esses esforços são bem-vindos".

A Amnistia Internacional considerou hoje que o chamado 'plano de paz de Trump' para Gaza é insuficiente porque não inclui medidas concretas para acabar com o "genocídio e 'apartheid' de Israel" contra os palestinianos.

"Para que qualquer acordo de cessar-fogo duradouro seja bem-sucedido, deve estar firmemente enraizado no respeito aos direitos humanos e no direito internacional e deve incluir o fim imediato do genocídio de Israel contra os palestinianos em Gaza", afirmou a secretária-geral da organização, Agnès Callamard, em comunicado hoje divulgado.

A agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos saudou hoje o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas e mostrou disponibilidade para entregar ajuda alimentar de urgência a Gaza. 

O organismo das Nações Unidas para o apoio dos refugiados palestinianos (UNRWA) disse que tem alimentos, medicamentos e outros mantimentos essenciais para Gaza.

O diretor-geral da agência ONU, Philippe Lazzarini, disse que há víveres para alimentar toda a população do enclave palestiniano durante os próximos três meses.

A Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) congratulou-se hoje com o acordo entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo em Gaza, que prevê a troca dos reféns ainda na Faixa de Gaza por presos palestinianos.

Trata-se da primeira parte do plano de paz do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou na quarta-feira o acordo alcançado em conversações realizadas no Egito.

Para a CIL, o acordo representa "um momento da maior importância e com significado histórico" face à perspetiva de "uma resolução desejavelmente estável e duradoura" do conflito. 

O ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, declarou que votará contra um acordo de cessar-fogo com o Hamas, que inclui a libertação de reféns mantidos em Gaza e de prisioneiros palestinianos.

"Emoções confusas numa manhã complexa", escreveu Smotrich na sua conta na rede social X.

Por um lado, o ministro disse sentir "imensa alegria" com a libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza, mas, ao mesmo tempo, manifestou "grande medo" sobre as "consequências de esvaziar as prisões e libertar a próxima geração de líderes terroristas, que farão todo o possível para continuar a derramar rios de sangue judeu". 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou hoje o anúncio de cessar-fogo em Gaza que inclui a libertação de reféns, pedindo a Israel e ao grupo islamita Hamas que "respeitem integralmente" o acordado.

"Congratulo-me com o anúncio de um acordo para garantir um cessar-fogo e a libertação dos reféns em Gaza, com base na proposta apresentada pelo Presidente dos Estados Unidos [Donald Trump]. Louvo os esforços diplomáticos dos Estados Unidos, do Qatar, do Egito e da Turquia para alcançar este avanço. Sinto-me também encorajado pelo apoio do Governo de Israel e da Autoridade Palestiniana", reagiu a líder do executivo comunitário.

O Fórum de Familiares de Reféns e Desaparecidos, que representa os familiares da maioria dos reféns em Gaza, convidou hoje o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para um encontro em Israel.

"Seja um discurso na praça (conhecida como 'Praça dos Reféns' em Telavive), um lugar que se tornou um símbolo de esperança e resiliência do espírito humano, uma visita privada às famílias ou qualquer encontro que se enquadre na sua agenda, faremos o que for necessário para o tornar possível", afirmou hoje o Fórum em comunicado.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, congratulou-se hoje com o anúncio de cessar-fogo em Gaza, entre Israel e o grupo islamita Hamas, que inclui a libertação de reféns, falando numa "oportunidade crucial" para a paz na região.

"Congratulo-me com o acordo alcançado sobre a fase inicial da proposta de paz apresentada pelo Presidente dos Estados Unidos. A sua implementação abre caminho para a tão esperada libertação de todos os reféns israelitas, um cessar-fogo em Gaza e o fim da grave crise humanitária no terreno", reagiu o antigo primeiro-ministro português numa publicação na rede social X.

O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, saudou hoje o acordo alcançado entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, manifestando a esperança de que tratado possa levar à criação de um Estado palestiniano.

Numa declaração publicada nas redes sociais, Abbas expressou a esperança de que estes esforços sejam o "prelúdio para uma solução política permanente (...) que conduza ao fim da ocupação israelita do Estado da Palestina e ao estabelecimento de um Estado palestiniano independente".

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, destacou hoje o papel principal do presidente norte-americano, Donald Trump, para o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, a libertação dos reféns, incluindo portugueses, e o afastamento do movimento islamista Hamas.

Em declarações à Lusa, o ministro de Estado manifestou "alegria" e "alívio", sobretudo pela libertação de reféns, designadamente dois cidadãos "com ligações a Portugal, embora um, já seguramente, falecido".

"Abre-se aqui caminho para um período de estabilização em que possa chegar ajuda humanitária e começar-se a reconstrução", disse, salientando que Trump foi "a figura decisiva, no sentido de sentar toda a gente à mesa das negociações", sem esquecer Qatar, Egito, Arábia Saudita e Turquia.

A embaixada israelita em Lisboa afirmou hoje que o acordo de cessar-fogo em Gaza levará à libertação dos reféns, "incluindo seis portugueses", e ocorre após uma "determinada, decisiva e poderosa ação militar" que permitiu "derrotar o Hamas".

"Na noite passada, o Estado de Israel e a organização terrorista Hamas chegaram a um acordo mediado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. Este acordo marca a primeira fase de um acordo-quadro para um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns, incluindo seis portugueses", afirma a embaixada em comunicado.

A União Europeia (UE) vai estar representada hoje em Paris pela alta representante para a diplomacia numa reunião para discutir o acordo de paz entre Israel e o movimento islamita radical Hamas, mediado por Washington.

Em comunicado, o Serviço de Ação Externa da UE anunciou que Kaja Kallas vai comparecer em nome do bloco comunitário europeu na reunião convocada pelo Eliseu, para abordar a aplicação do plano de paz dos Estados Unidos da América (EUA) sobre o fim da guerra em Gaza.

Na reunião vão participar também os ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido, Turquia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Jordânia. 

O presidente norte-americano disse acreditar que os reféns do Hamas "regressarão na segunda-feira" a casa, em declarações à Fox News, após o anúncio de um acordo de cessar-fogo em Gaza entre Hamas e Israel.

"Penso que os reféns regressarão na segunda-feira", declarou Donald Trump à emissora.

O dirigente norte-americano anunciou na quarta-feira que a primeira fase do plano de paz para a Faixa de Gaza foi aceite pelo Hamas e por Israel. 

Vários líderes mundiais saudaram o acordo de paz entre Israel e o Hamas anunciado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, elogiando o fim iminente da guerra em Gaza e a libertação de reféns após dois anos de conflito.

Trump anunciou na quarta-feira que Israel e o movimento islamita aceitaram a "primeira fase" do seu plano de paz, que prevê a retirada parcial das tropas israelitas da Faixa de Gaza e a libertação de 20 reféns ainda vivos em troca de prisioneiros palestinianos.

"Todos os reféns serão libertados muito em breve e Israel retirará as suas tropas para uma linha acordada como primeiros passos para uma paz forte, duradoura e eterna", escreveu Trump na rede Truth Social. 

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou, esta quinta-feira, 9 de outubro, no site da Presidência da República, "a primeira fase do acordo obtida esta noite, no Egito, entre Israel e o Hamas", que "deverá poder conduzir a uma paz justa e duradoura assente na solução de dois Estados, Israel e Palestina, ambos reconhecidos por Portugal".

A nota do Presidente da República surge depois de Israel e o Hamas terem aceitado a "primeira fase" do cessar-fogo.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, saudou hoje a libertação dos reféns pelo Hamas programada para segunda-feira e felicitou Donald Trump "por este sucesso e por todo o empenho na obtenção da paz no Médio Oriente".

"Saúdo a libertação dos reféns que todos esperávamos há mais de dois anos e a assinatura do acordo que a permite", afirmou Luís Montenegro na rede social X.

O presidente do Egito, Abdel Fattah al Sisi, anunciou, esta quinta-feira, que foi estabelecido um acordo formal para colocar um ponto final à guerra em Gaza, ao contrário do transmitido por Israel.

Recorde-se que o acordo deveria ser formalmente assinado às 12h00 (10h00 em Lisboa), segundo disse uma fonte a par dos detalhes do plano de paz à agência Reuters.

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ressalvou, esta quinta-feira, que o acordo de cessar-fogo só entrará em vigor após a aprovação do governo israelita, que ratificará a proposta pelas 17h00 (15h00 em Lisboa).

"Ao contrário do que foi noticiado pela imprensa árabe, a contagem regressiva de 72 horas só começará após a aprovação do acordo na reunião do governo, prevista para o final da tarde", noticiou a Agence France-Presse (AFP).

Israel avisa que acordo só entra em vigor depois de aprovação do governo

O acordo para libertação de reféns detidos em Gaza só entrará em vigor após a sua aprovação pelo governo de Telavive, que deverá acontecer hoje à noite, anunciou o gabinete do primeiro-ministro israelita.

Lusa | 11:15 - 09/10/2025

Cidadãos palestinianos e israelitas saíram à rua, esta quinta-feira, para celebrar o anúncio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, na sequência do plano de paz apresentado pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Contudo, os ataques na Faixa de Gaza continuam.

"Graças a Deus pelo cessar-fogo, pelo fim do derramamento de sangue e das mortes", enalteceu à Reuters Abdul Majeed Abd Rabbo, em Khan Younis, no sul de Gaza.

Leia a notícia na íntegra aqui.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, na quarta-feira, que Israel e o Hamas aceitaram a "primeira fase" do seu plano de paz, que contempla a retirada parcial das tropas israelitas da Faixa de Gaza e a libertação de 20 reféns ainda vivos, em troca de prisioneiros palestinianos. Mas, afinal, o que se sabe?

"TODOS os reféns serão libertados em breve e Israel retirará as suas tropas para uma linha acordada, como primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e eterna", disse Trump, na noite passada, na sequência de mais um dia de negociações no Egito, sob mediação deste país, do Qatar e da Turquia, além dos Estados Unidos.

Leia a notícia na íntegra aqui.

Bom dia. Iniciamos aqui esta cobertura AO MINUTO quanto aos acontecimentos sobre o Médio Oriente e o acordo de cessar-fogo em Gaza.