"Deem o prémio Nobel da Paz a Donald Trump, ele merece!", afirmou Netanyahu na conta oficial do gabinete do primeiro-ministro israelita na rede social X.
O apelo de Netanyahu, que já defendera a mesma ideia recentemente, surge horas depois de o Presidente dos EUA anunciar um acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns e prisioneiros entre Israel e o Hamas, visando o fim de um conflito iniciado há pouco mais de dois anos.
Também hoje, numa mensagem de vídeo nas redes sociais, o líder da oposição de Israel, Yair Lapid, que já tinha convidado Trump a visitar as famílias dos sequestrados ainda em poder do Hamas na Praça dos Reféns em Telavive, pediu igualmente o Nobel da Paz para Trump.
Give @realDonaldTrump the Nobel Peace Prize - he deserves it! pic.twitter.com/Hbuc7kmPt1
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) October 9, 2025
"Uma Nação grata agradece ao Presidente Trump pelo regresso dos reféns e pela paz que trouxe à região. Peço ao Comité Nobel que conceda ao Presidente Trump o Prémio Nobel da Paz", disse Lapid na rede social X.
Uma porta-voz do governo israelita disse que Netanyahu e Trump conversaram hoje por telefone "de forma emocionada", após o anúncio do acordo de Gaza entre Israel e o Hamas.
"Num telefonema no início da manhã, o primeiro-ministro Netanyahu agradeceu ao Presidente Trump pelos esforços de liderança global que tornaram tudo isto possível", disse Shosh Bedrosian aos jornalistas.
"Foi uma conversa emocionante e calorosa, durante a qual os dois líderes deram os parabéns mútuos por esta conquista histórica", acrescentou Bedrosian.
A primeira etapa do plano de paz contempla a libertação de quase dois mil presos palestinianos em troca do regresso a casa dos 48 reféns ainda em posse do Hamas. Israel estima que apenas 20 estejam vivos.
O grupo que tem protagonizado ações terroristas em defesa da causa palestiniana anunciou ter entregado a lista de prisioneiros que pretende ver libertados às autoridades israelitas, mas Israel ainda não se pronunciou.
Cerca de 250 são pessoas condenadas à pena perpétua e outras 1.700 são presos na sequência do atentado de 07 de outubro de 2023.
Está ainda prevista nesta fase a entrada de ajuda humanitária em Gaza e uma retirada parcial das Forças da Defesa de Israel (IDF, na sigla inglesa).
Os militares hebraicos terão de ficar posicionados atrás da denominada "linha amarela", um perímetro de entre 1,5 e 6,5 quilómetros, consoante as zonas fronteiriças abrangidas.
O Governo de Netanyahu reúne-se ainda hoje para ratificar a primeira fase do projeto de Paz em Gaza e o recuo das tropas deverá acontecer em 24 horas, havendo então 72 horas para a troca de reféns e prisioneiros entre as partes.
Na quarta-feira, Trump, disse estar confiante de que a próxima segunda-feira, 13 deste mês, será o dia da libertação dos reféns, embora possa ocorrer antes, segundo o plano.
O populista republicano, que ocupa a sala oval da Casa Branca pela segunda vez desde janeiro, pretende viajar para o Médio Oriente no domingo, se tudo correr como previsto.
Na sexta-feira vai ser anunciado o prémio Nobel da Paz que Trump crê merecer, tendo já feito declarações nesse sentido. O democrata e antigo presidente norte-americano Barack Obama (2009-2017) recebeu a distinção em 2009.
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