Trata-se da primeira parte do plano de paz do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou na quarta-feira o acordo alcançado em conversações realizadas no Egito.
Para a CIL, o acordo representa "um momento da maior importância e com significado histórico" face à perspetiva de "uma resolução desejavelmente estável e duradoura" do conflito.
A CIL destacou como "passos cruciais" do acordo a libertação dos 48 reféns ainda em Gaza, dos 251 raptados em Israel há dois anos, um cessar-fogo efetivo e uma desmobilização militar israelita.
Os reféns foram levados para Gaza durante os ataques do grupo extremista palestiniano em 07 de outubro de 2023, que causaram também cerca de 1.200 mortos, a que Israel respondeu com uma ofensiva que já matou mais de 67.100 palestinianos.
"A implementação efetiva deste acordo, cujo cumprimento deve ser meticulosamente verificado, a continuidade do processo de diálogo diplomático, (...) e a garantia de segurança para Israel, que não pode ser posta em causa, exigirão firmeza e compromisso de todas as partes envolvidas" afirmou.
A CIL reafirmou a "total e inamovível solidariedade" para com as famílias dos reféns e o apoio para que Israel, "que tem o direito inalienável à sua integridade territorial, aja com prudência e com visão estratégica e de futuro".
Sem se referir à situação em Gaza, a CIL manifestou também a esperança de que o acordo inicial possa ter sequência e ser cumprido na íntegra, "tal como proposto pelo Presidente norte-americano".
A CIL reafirmou ainda o apelo ao Governo para que "reflita seriamente" sobre a necessidade de Portugal adotar um plano de ação de combate ao antissemitismo.
"O antissemitismo tem ganhado terreno, nas redes sociais, na comunicação social e no espaço público. Aumenta o sentimento de insegurança e de desproteção entre os judeus portugueses", disse a CIL.
"Esta realidade deve merecer atenção, preocupação e um plano de ação interministerial por parte do Estado Português", acrescentou.
O Governo nomeou em fevereiro o jurista e docente da Faculdade de Direito da Universidade Católica João Taborda da Gama como coordenador nacional da Estratégia Europeia de Combate ao Antissemitismo, medida que foi saudada na altura pela CIL.
O executivo afirmou então estar "empenhado em combater o antissemitismo e desenvolver uma estratégia de prevenção face às ameaças crescentes de discriminação da comunidade e da cultura judaica".
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