"Ao contrário do que relata a comunicação social árabe, a contagem decrescente de 72 horas só começará após a aprovação do acordo pelo Governo", afirmou o gabinete em comunicado hoje divulgado.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta madrugada que Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas chegaram a um acordo sobre Gaza, prevendo um cessar-fogo e a libertação dos reféns dos islamitas em troca de prisioneiros palestinianos, que terá lugar no prazo de 72 horas após a entrada em vigor do acordo.
O plano só receberá "luz verde" depois de uma reunião da equipa de ministros de Benjamin Netanyahu, cujo início está marcado para as 18:00 locais (16:00 em Lisboa), começando então a contar as 72 horas do prazo previsto.
Antes, às 17:00 locais (15:00 em Lisboa), o plano terá ainda de ser aprovado pelo Gabinete de Segurança de Israel, órgão composto pelos ministros-chave de Israel, ou seja, os que têm as pastas da Defesa, da Segurança, dos Negócios Estrangeiros e da Justiça.
O plano implica a libertação dos 48 reféns em Gaza, dos quais as autoridades israelitas estimam que cerca de 20 ainda estejam vivos, mas também é preciso chegar a acordo sobre a lista dos 1.950 prisioneiros palestinianos que serão libertados em troca dos reféns.
Deste total, cerca de 250 serão prisioneiros condenados a prisão perpétua, enquanto os outros 1.700 serão pessoas detidas na Faixa de Gaza, disse um membro do gabinete político do Hamas, citado pela agência de notícias espanhola Efe.
Antes da libertação dos reféns em Gaza, o exército israelita deverá recuar para a "linha amarela" estipulada pelos Estados Unidos, marcando a primeira fase da sua retirada do enclave.
Esta linha permitirá às tropas israelitas permanecer em Gaza num perímetro com uma profundidade de aproximadamente 1,5 km no seu ponto mais estreito e 6,5 km no seu ponto mais largo, garantindo a presença militar israelita em quase metade do enclave.
De acordo com o jornal israelita Haaretz, esta retirada inicial ocorrerá para que as milícias de Gaza, lideradas pelo Hamas, possam localizar todos os reféns.
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