"A Itália (...) está pronta para fazer a sua parte para consolidar o cessar-fogo, entregar nova ajuda humanitária e participar na reconstrução de Gaza", disse o chefe da diplomacia italiana, Antonio Tajani, nas redes sociais.
"Também estamos prontos para enviar tropas se for criada uma força internacional de manutenção da paz para reunificar a Palestina", afirmou o também vice-primeiro-ministro, citado pela agência de notícias italiana ANSA.
Tajani reagia ao acordo alcançado na quarta-feira à noite, no Egito, entre o grupo extremista palestiniano Hamas e Israel, após dois anos de guerra na Faixa de Gaza com dezenas de milhares de mortos.
O acordo faz parte do plano proposto pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pôr termo à guerra entre o Hamas e Israel.
O acordo prevê, numa primeira fase, um cessar-fogo, a troca de reféns por palestinianos presos e detidos em Israel e a retirada das forças israelitas para uma zona demarcada na Faixa de Gaza.
Tajani considerou que o acordo "marca um momento crucial na história".
"É o primeiro grande passo num longo processo de estabilização no Médio Oriente", afirmou.
Referiu que o cessar-fogo, a libertação dos reféns e a retirada das forças israelitas eram os principais objetivos das negociações, pelas quais agradeceu a mediação dos Estados Unidos, Qatar, Egito e Turquia.
"Este esforço também é apoiado pelo Governo italiano", declarou.
Tajani referiu a necessidade de se "trabalhar arduamente na reconstrução e na ajuda à população civil" de Gaza.
"Temos muitas empresas e já tivemos muitas experiências em áreas devastadas", afirmou.
Disse ainda que Itália acolhe crianças palestinianas e está a desenvolver corredores universitários.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada há dois anos pelo ataque do grupo extremista Hamas em Israel, que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar contra o Hamas que causou já a morte de mais de 67.100 palestinianos e a destruição generalizada da Faixa de Gaza.
Israel enfrenta acusações de genocídio em Gaza e de usar a fome como arma de guerra, que nega.
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