"É importante que a perspetiva de estabelecer uma paz duradoura no Médio Oriente esteja mais próxima de se concretizar", escreveu Zelensky nas redes sociais, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
Para o líder ucraniano, cujo país enfrenta uma guerra iniciada há quase três anos pela Rússia, a perspetiva de paz no Médio Oriente "é importante não apenas para a região, mas para todo o mundo".
"Está a avançar-se num acordo que pode beneficiar todos. Se a violência e a guerra cessarem numa parte do mundo, a segurança global aumenta para todos", afirmou.
O acordo refere-se a uma primeira fase do plano proposto pelo Presidente dos Estados Unidos e foi anunciado pelo próprio Donald Trump na quarta-feira, após negociações no Egito.
Zelensky agradeceu a Trump por ter impulsionado o acordo e disse esperar que os reféns israelitas nas mãos do Hamas em Gaza sejam libertados.
Ao mesmo tempo, disse confiar que "não haja mais vítimas em Gaza" entre os palestinianos.
"E esperamos que os esforços globais sejam igualmente suficientes para alcançar uma paz real para o nosso país, na nossa região", declarou o Presidente ucraniano.
Zelensky afirmou ainda que a Rússia "continua a ser a principal fonte de guerra e de terrorismo no mundo".
Por isso, apelou a uma "pressão internacional adicional" para forçar o homólogo russo, Vladimir Putin, a aceitar uma paz duradoura e segura para a região.
O acordo alcançado no Egito, que terá ainda de ser aprovado pelo Governo de Israel, prevê um cessar-fogo e a libertação dos 48 reféns detidos em Gaza em troca de cerca de 2.000 prisioneiros e detidos palestinianos.
Antes da libertação dos reféns, o exército israelita deverá proceder a uma retirada gradual até à chamada "linha amarela", estipulada pelos Estados Unidos, embora continue a controlar a maior parte do território palestiniano.
A concretizar-se, o acordo irá cessar a guerra iniciada há dois anos pelo ataque do grupo extremista Hamas em Israel, que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza contra o Hamas que causou já a morte de mais de 67.100 palestinianos e a destruição generalizada do enclave.
Israel enfrenta acusações de genocídio em Gaza e de usar a fome como arma de guerra, que nega.
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