"Todas as ações futuras devem ser orientadas pelos objetivos imediatos de pôr fim à matança, à fome e à destruição, e garantir o regresso seguro e digno dos reféns e dos palestinianos detidos arbitrariamente", afirmou Turk em comunicado.
O alto-comissário sublinhou que "as necessidades humanitárias e de proteção em Gaza são enormes" e defendeu o acesso urgente de ajuda humanitária, jornalistas e observadores internacionais de direitos humanos.
Para Turk, o acordo pode "levar a uma cessação permanente das hostilidades" se for acompanhado de negociações contínuas e de "um foco sustentado na paz".
O alto-comissário insistiu ainda que a situação na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental deve ser "claramente tida em conta" e defendeu um "processo abrangente de justiça de transição" que assegure a responsabilização por violações do direito internacional humanitário.
"Peço o fim da retórica tóxica da guerra e do ódio", disse Turk, sublinhando que o objetivo final deve ser "cumprir o direito do povo palestiniano à autodeterminação e garantir que palestinianos e israelitas possam viver em paz e segurança".
O acordo, mediado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, foi anunciado hoje, após negociações indiretas no Egito.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, descreveu o entendimento como "um grande dia para Israel", enquanto o Hamas confirmou que o pacto prevê o fim da guerra, a retirada israelita, a entrada de ajuda humanitária e a troca de prisioneiros.
A ofensiva israelita lançada após os ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 causou mais de 67.000 mortos em Gaza, incluindo centenas de vítimas por fome e subnutrição, segundo as autoridades locais.
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