"Tendo em conta a esperada libertação dos reféns e a próxima visita do Presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, a Israel, [o Presidente de Israel, Isaac Herzog] decidiu cancelar um evento público [na sua residência], que estava agendado para domingo, 12 de outubro de 2025", indicou o comunicado.
"A decisão foi tomada devido às restrições de segurança previstas em Jerusalém durante a visita e aos desenvolvimentos históricos que deverão ocorrer nos próximos dias", acrescentou a mesma nota.
Trump impulsionou o atual plano de paz e foi quem anunciou o acordo na tarde de quarta-feira, após vários dias de contactos indiretos entre as partes no Egito.
O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou abertamente nas redes sociais que o Presidente norte-americano merece ganhar o Prémio Nobel da Paz.
Netanyahu também convidou Trump para um discurso perante o parlamento (Knesset) durante a próxima visita a Israel, sem mencionar datas, após uma conversa "conversa emocionada" na qual os dois trocaram parabéns por uma "conquista histórica" que ainda não se materializou.
A primeira etapa do plano de paz contempla a libertação de quase dois mil prisioneiros palestinianos em troca do regresso a casa dos 48 reféns ainda em posse do Hamas. Israel estima que apenas 20 estejam vivos.
O grupo, que tem protagonizado ações terroristas em defesa da causa palestiniana, anunciou ter entregado a lista de prisioneiros que pretende ver libertados às autoridades israelitas, mas Israel ainda não se pronunciou.
Cerca de 250 são pessoas condenadas à pena perpétua e outras 1.700 são presos na sequência do atentado de 07 de outubro de 2023.
Está ainda prevista nesta fase a entrada de ajuda humanitária em Gaza e uma retirada parcial das Forças da Defesa de Israel.
Os militares hebraicos terão de ficar posicionados atrás da denominada "linha amarela", um perímetro de entre 1,5 e 6,5 quilómetros, consoante as zonas fronteiriças abrangidas.
O Governo de Netanyahu já ratificou a primeira fase do projeto de paz em Gaza e o recuo das tropas deverá acontecer em 24 horas, havendo então 72 horas para a troca de reféns e prisioneiros entre as partes.
Na quarta-feira, Trump disse estar confiante de que a próxima segunda-feira, será o dia da libertação dos reféns, embora possa ocorrer antes, segundo o plano.
O populista republicano, na Casa Branca pela segunda vez desde janeiro, pretende viajar para o Médio Oriente no domingo, se tudo correr como previsto.
Sexta-feira vai ser anunciado o prémio Nobel da Paz que Trump crê merecer, tendo já feito declarações nesse sentido.
O democrata e antigo presidente Barack Obama (2009-2017) recebeu a distinção em 2009.
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