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Sydney. Quatro jovens conspiraram ataque a judeus após agressão a bispo
Os quatro jovens, que já foram acusados de uma série de crimes, incluindo conspiração para envolvimento ou planeamento de um ato terrorista, terão trocado mensagens através da aplicação Signal.
© PixaBay
Mundo Austrália
Quatro adolescentes planearam comprar armas e atacar judeus dias depois de um bispo ter sido esfaqueado numa igreja de Sydney, na Austrália.
De acordo um um boletim informativo da polícia entregue ao Tribunal de Menores de Sydney, citados pela ABC News, os jovens – um de 15 anos, um de 16 e dois de 17 – foram acusados, na semana passada, de uma série de crimes, incluindo conspiração para envolvimento ou planeamento de um ato terrorista.
A polícia alegou que todos eles "tinham uma ideologia extremista violenta e com motivação religiosa" e faziam parte de uma rede que incluía o jovem de 16 anos acusado de esfaquear o bispo ortodoxo assírio Mar Mari Emmanuel a 15 de abril, enquanto um serviço religioso estava a ser transmitido online.
Dois dos adolescentes acusados terão discutido a compra de armas a 19 de abril através da aplicação de mensagens criptografadas Signal, mesmo dia em que o suspeito do ataque ao bispo foi acusado.
"Eu quero morrer e quero matar… Estou muito animado… O plano é ser apanhado, morrer ou fugir?", disse um dos jovens de 17 anos, a 20 de abril, numa conversa em grupo. O jovem de 16 anos terá respondido: "Vamos planear com tempo… preferimos fugir, mas aconteça o que acontecer, é a predeterminação de Alá".
O jovem de 15 anos terá dito também, no dia anterior, a 19 de abril, que queria "atingir o Yahood", ou seja, o povo judeu.
Recorde-se que o adolescente de 16 anos que esfaqueou dois clérigos durante um serviço religioso em Sydney, na Austrália, a 15 de abril, já foi formalmente acusado de terrorismo pelas autoridades.
O ataque foi considerado um ato terrorista pelas suspeitas de que o jovem terá agido com motivações de teor religioso, além de ter viajado 90 minutos desde a sua residência até à Igreja Assíria do Bom Pastor, no distrito de Wakeley.
Logo após ter esfaqueado o bispo Mar Mari Emmanuel e o reverendo Isaac Royel, o adolescente terá dito, em árabe, que o profeta Maomé tinha sido insultado. Foi, depois, dominado pelos paroquianos, tendo sofrido ferimentos graves nas mãos.
O incidente aconteceu dois dias após um outro esfaqueamento ter provocado seis mortos num centro comercial em Sydney.
Leia Também: Polícia australiana acusa cinco menores de terrorismo após ataque a bispo
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