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Rússia expulsa adido de defesa britânico como medida de retaliação

A Rússia declarou hoje 'persona non grata' o adido de defesa britânico em Moscovo, Adrian Coghill, como medida de retaliação contra a expulsão na semana passada do homólogo russo em Londres, acusado de espionagem.

Rússia expulsa adido de defesa britânico como medida de retaliação
Notícias ao Minuto

17:36 - 16/05/24 por Lusa

Mundo Rússia

"Ele terá de abandonar no prazo de uma semana o território da Federação Russa", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado, indicando que convocou o embaixador britânico e lhe comunicou a decisão.

"A nossa reação às ações inamistosas e antirrussas anunciadas a 08 de maio pelos britânicos não se ficará por esta medida", acrescentou o ministério, prometendo novas represálias.

A 08 de maio, o Reino Unido denunciou "atividades maliciosas" e de espionagem imputadas a Moscovo, anunciando a expulsão do adido de defesa russo em Londres, que descreveu como um "oficial dos serviços secretos militares não-declarado".

Um adido de defesa é um membro das Forças Armadas que serve numa embaixada e representa o setor da Defesa do seu país no estrangeiro.

A Rússia reagiu afirmando que a decisão britânica assenta em "mentiras puras e simples".

Londres anunciou também na semana passada que várias propriedades russas em território britânico, que o Reino Unido suspeita terem sido utilizadas "para fins de obtenção de informações", perderiam o seu estatuto diplomático.

As relações entre a Rússia e o Reino Unido, um dos principais apoiantes de Kiev contra a agressão russa, em curso desde fevereiro de 2022, são particularmente tensas.

Nos últimos meses, têm-se multiplicado os casos de alegada espionagem no Reino Unido que envolvem Moscovo. No final de março, cinco búlgaros foram acusados de espionagem para a Rússia. Declararam-se inocentes.

No fim de abril, um cidadão britânico de 20 anos foi indiciado ao abrigo da lei de segurança nacional, após acusado de organizar ataques a "empresas ligadas à Ucrânia".

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os dois beligerantes mantêm-se irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.

Leia Também: EUA aplicam sanções a russos por negócios de armas com a Coreia do Norte

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