"Nós e os nossos parceiros precisamos de centenas de milhares de litros de combustível todos os dias para manter operações vitais e que salvam vidas, o que significa que o volume que entrou ontem [quarta-feira] não é suficiente nem para cobrir um dia de necessidades energéticas", disse Stéphane Dujarric.
O porta-voz de António Guterres alertou ainda que serviços cruciais terão que "ser desligados se volumes maiores" de combustível "não entrarem na Faixa de Gaza imediatamente".
Israel tem bloqueado a entrada de combustível na Faixa de Gaza com o argumento de que pode ser intercetado e usado pelo grupo islamita palestiniano Hamas, que governa o enclave desde 2007.
Contudo, o bloqueio de Israel tem sido alargado a outros bens básicos como alimentos e medicamentos, medida que agravou significativamente a crise humanitária que o enclave já enfrentava.
O conflito em Gaza foi desencadeado em 07 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas em solo israelita, que fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 57 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.
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