Três portugueses votaram a favor da moção de censura à CE. Quem foram?

A moção de censura contra a Comissão Europeia, a primeira que um executivo comunitário enfrenta em dez anos, foi hoje rejeitada por maioria no Parlamento Europeu (PE) durante o plenário em Estrasburgo, em França.

moção de censura von der leyen

© Philipp von Ditfurth/picture alliance via Getty Images

Lusa
10/07/2025 15:51 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Comissão Europeia

A moção de censura, a primeira do executivo de Ursula von der Leyen, foi chumbada com 360 votos contra, 175 a favor e 18 abstenções, e precisava de dois terços dos votos expressos pelos eurodeputados para ser aprovada.

 

A presidente da Comissão Europeia, que está em funções há seis anos, não esteve presente durante a votação.

Para ser apresentada, uma moção de censura à Comissão Europeia precisa de ser subscrita pelo menos por 72 deputados, representando um décimo do hemiciclo.

Os eurodeputados do PCP, João Oliveira (que integra o grupo político A Esquerda), e do Chega, António Tânger Corrêa e Tiago Moreira de Sá (que faz parte do grupo Patriotas pela Europa, de extrema-direita), foram os únicos portugueses que votaram favoravelmente a queda do executivo comunitário.

A última moção de censura apresentada foi em 2014, na altura ao executivo de Jean-Claude Juncker e o desfecho foi o mesmo.

A moção de censura foi apresentada pelo eurodeputado romeno Gheorghe Piperea, que faz parte do grupo político dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR, na sigla em inglês, de direita conservadora e extrema-direita), e foi subscrita por 79 eurodeputados.

Na segunda-feira, num debate na sessão plenária em Estrasburgo, o eurodeputado romeno defendeu a queda do executivo comunitário pela "vulnerabilização de princípios essenciais" da União Europeia e também acusou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de "perda de integridade".

Gheorghe Piperea decidiu avançar com uma moção de censura por causa da ocultação de mensagens entre Ursula von der Leyen e o administrador da farmacêutica Pfizer, em 2021, durante a pandemia de covid-19, por causa da aquisição de vacinas contra o coronavírus SARS-CoV-2.

"A concentração da tomada de decisões nas mãos da presidente da Comissão Europeia, algo que me parece antidemocrático, [Ursula von der Leyen] é opaca", considerou o eurodeputado no debate.

A presidente da Comissão Europeia rebateu as acusações, considerando que a moção de censura é oriunda de um "mundo de conspirações".

"Hoje podemos todos fazer a nossa própria avaliação sobre os méritos [da Comissão Europeia] (...) e cada um chegará à sua conclusão. O que acabámos de ouvir é claro: é uma tentativa fraca dos extremistas de polarização, de erodir a confiança na democracia, uma tentativa de reescrever a história", disse Ursula von der Leyen.

Apesar de ser a primeira moção de censura em dez anos, o chumbo está praticamente garantido, uma vez que os representantes dos principais grupos políticos do Parlamento Europeu (Partido Popular Europeu, o mesmo de que faz parte Von der Leyen, e os Socialistas & Democratas) rejeitaram a iniciativa, ainda que os socialistas tenham aproveitado para criticar a Comissão Europeia.

A esquerda e os liberais também disseram que não iriam fazer parte de uma moção que partiu da extrema-direita.

A aprovação significaria a queda de todo o executivo.

Desde as primeiras eleições europeias, em 1979, foram apresentadas sete moções de censura, mas nenhuma resultou na queda de um executivo comunitário.

Leia Também: Von der Leyen 'sobrevive': Moção de censura à Comissão Europeia rejeitada

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas