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Liga Árabe quer força da ONU nos territórios palestinianos ocupados

Os 22 países da Liga Árabe apelaram hoje ao envio de uma força de manutenção de paz das Nações Unidas para os territórios ocupados por Israel até à criação de um Estado palestiniano.

Liga Árabe quer força da ONU nos territórios palestinianos ocupados
Notícias ao Minuto

17:42 - 16/05/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

Reunidos hoje na cimeira no Bahrein, os líderes árabes pedem o envio de "forças de proteção internacional e de manutenção da paz das Nações Unidas para os territórios palestinianos ocupados" até que seja implementada a solução de dois Estados - Israel e Palestina.

A Declaração do Bahrein exorta ainda os países a "tomarem medidas imediatas e a comunicarem com os seus homólogos de todo o mundo para os instar a reconhecerem rapidamente o Estado da Palestina".

Estas reuniões deverão dar início a consultas sobre "a forma de tomar essas medidas para que o Estado da Palestina seja admitido nas Nações Unidas".

A Assembleia-Geral da ONU aprovou na semana passada, com o voto favorável de Portugal, uma resolução que concede "direitos e privilégios adicionais" à Palestina e apela ao Conselho de Segurança que reconsidere favoravelmente o seu pedido de adesão plena à organização, depois de os Estados Unidos terem vetado essa possibilidade no mês passado.

Por outro lado, a resolução estipula a extensão de um "convite coletivo para a realização de uma conferência internacional sob os auspícios das Nações Unidas" para "resolver a causa palestiniana de acordo com a solução de dois Estados".

Os dirigentes do organismo pan-árabe sublinharam ainda a necessidade de "estabelecer um prazo para o processo político" e de negociar a implementação da solução de dois Estados, apesar das grandes divergências sobre o traçado das fronteiras israelo-palestinianas.

O objetivo final do Estado palestiniano é "viver em paz e segurança lado a lado com Israel", afirma o documento elaborado no final da cimeira, em Manama, capital do Bahrein.

O documento refere que o Estado palestiniano será constituído "pelos territórios anteriores a 04 de junho de 1967, com capital em Jerusalém Oriental", estipulando ainda "o fim de qualquer presença da ocupação" e responsabilizando Israel "pela destruição de cidades e instalações civis na Faixa de Gaza", palco de uma guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas há mais de sete meses.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, é um opositor de longa data da criação de um Estado palestiniano, que a administração norte-americana e os Estados-membros da União Europeia (UE) consideram ser a única solução a longo prazo para o conflito.

Os dirigentes árabes apelaram igualmente às fações palestinianas para se unirem "sob a bandeira da Organização de Libertação da Palestina" (OLP), descrita como "a única representante legítima do povo palestiniano".

Os participantes na cimeira condenaram os ataques a navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Aden por parte dos rebeldes Huthis do Iémen, afirmando que estão empenhados no "direito de navegação" nos mares da região.

No que diz respeito ao Sudão, a cimeira apelou à paz, convidando o exército e os paramilitares a empenharem-se num processo destinado a pôr termo ao conflito que começou há mais de um ano.

Leia Também: Liga Árabe condena ataques de colonos israelitas na Cisjordânia

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