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Agência da ONU na Venezuela elogia Guterres por apoio a programas locais
O Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) na Venezuela elogiou hoje o apoio do secretário-geral da ONU, António Guterres ao trabalho daquela agência, mas reclamou mais apoio da comunidade internacional aos seus programas.
© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images
Mundo António Guterres
"Nós gostamos do papel de António Guterres como Secretário-Geral (da ONU), porque deu uma enorme força ao trabalho que fazemos e apoia muitíssimo todas as questões [locais] que têm a ver com o Fundo das Nações Unidas para a População", disse o representante do UNFPA para a Venezuela.
Jorge González Caro falava à Agência Lusa em Caracas, na sede do UNFPA, destacando que António Guterres "promoveu uma reforma geral do sistema das Nações Unidas, que o tornou mais dinâmico e que fazia uma grande falta a estas organizações".
Jorge González Caro explicou que o UNFPA, como agência da ONU, "tem crescido muito" desde que António Guterres lidera a organização, com um espaço de trabalho maior e estruturas de trabalho mais ágeis.
Por outro lado, reconheceu que o UNFPA "é um ator emergente na situação humanitária na Venezuela" e que "está a procurar o apoio de países doadores, a fim de podermos expandir os programas que temos em ajuda humanitária.
"É essencial que tenhamos um maior acesso a contracetivos, que têm de ser adquiridos através da procura internacional, e ter maior acesso ao trabalho que fazemos no terreno, o que significa que os nossos projetos recebam um maior apoio da comunidade internacional no chamado que fazemos no plano de resposta humanitária", explicou.
Segundo Jorge González, o UNFPA precisa de "mais doadores, mais recursos, mais possibilidades para continuar a crescer como ator relevante, tanto no desenvolvimento como na ajuda humanitária"
O impulso que António Guterres deu ao sistema das Nações Unidas tem permitido que as diversas agências da ONU trabalhem em conjunto, referiu.
"Por exemplo, tudo o que tem a ver com a gravidez na adolescência, trabalhamos lado a lado com a UNICEF, uma agência irmã com a qual atendemos a gravidez adolescente, e que tem uma área para atender raparigas a partir dos dez anos de idade".
Na área que tem a ver com a mortalidade materna, o trabalho é feito em conjunto com a Organização Pan-Americana de Saúde.
"Quando falamos em melhorar as infraestruturas de saúde do país, trabalhamos frequentemente de mãos dadas com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o PNUD, e o nosso trabalho sobre violência e tráfico de mulheres é feito com a Organização Internacional para a Migração e Violência contra as Mulheres no âmbito do Cluster de Proteção", explicou.
Segundo Jorge González, o trabalho é feito também em conjunto com o ACNUR e há uma relação histórica com a ONUSIDA.
Leia Também: ONU quer acabar com violência contra mulheres na Venezuela
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