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Líder da oposição do Togo condenado por "insultos a autoridades públicas"
O líder da oposição e antigo ministro das Comunicações do Togo, Djimon Ore, foi condenado a dois anos de prisão por "insultos a representantes de autoridades públicas" e por "espalhar notícias falsas", disse hoje o seu advogado.
© iStock
Mundo Togo
Oré foi condenado a 24 meses de prisão na terça-feira à noite, disse Dieudonné Agbahè à agência de notícias francesa AFP, que considerou a sentença "demasiado pesada" e adiantou que já tinha recorrido.
A sentença foi também confirmada à AFP por uma fonte no tribunal de primeira instância de Lomé.
Oré foi preso em sua casa, a 29 de abril, por ter feito "declarações difamatórias" num programa transmitido no dia seguinte ao da celebração do 61.º aniversário da independência do país.
O antigo ministro terá atacado a "oligarquia militar do clã Gnassingbé", no poder desde 1963.
O Togo, um país da África Ocidental, é regularmente visado pelas organizações de direitos humanos: o seu presidente, Faure Gnassingbé, chegou ao poder em 2005, após a morte do seu pai, o gneral Gnassingbé Eyadéma, que tinha governado o Togo durante 38 anos. Desde então, tem sido reeleito, mas todas as eleições têm sido contestadas pela oposição.
Atualmente líder da oposição, Oré foi ministro da Comunicação, entre maio de 2010 e setembro de 2013, após um acordo assinado entre o seu partido e o governo.
Em 2014, fundou o seu próprio partido político, a Frente de Patriotas para a Democracia (FPD), da qual é o presidente.
No final de novembro, dois membros de um grande movimento de oposição foram detidos em Lomé, sob a acusação de "minarem a segurança interna do Estado e de conspiração criminosa".
Em meados de dezembro, os dois opositores foram libertados sob fiança.
Leia Também: Togo vai receber 240 milhões de dólares adicionais do FMI
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