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País pode precisar de ajuda se regresso aos mercados for adiado

O Morgan Stanley considerou hoje que, se o regresso de Portugal aos mercados for adiado, o país vai precisar de "um apoio oficial extra", seja uma linha cautelar ou um segundo resgate, e não de uma reestruturação da dívida.

País pode precisar de ajuda se regresso aos mercados for adiado
Notícias ao Minuto

13:05 - 21/10/13 por Lusa

Economia Morgan Stanley

No relatório 'Greece versus Portugal: Shifting Sentiment', em que analisa e compara as situações de Portugal e da Grécia, o banco refere que "se um regresso completo ao mercado for adiado, então Portugal vai precisar de um apoio oficial extra, na forma de uma linha de crédito cautelar ou na forma de um segundo resgate, dependendo da situação - e provavelmente vai consegui-lo - em vez de uma reestruturação da dívida".

O banco norte-americano acrescentou que as condições para que Portugal consiga este "apoio oficial extra" são, por um lado, a evolução positiva da economia que já deu sinais de recuperação e, por outro lado, a continuidade das reformas em curso e a execução do Orçamento do Estado para 2014.

Referindo que o Governo português pretende emitir títulos de dívida no valor de 10,5 mil milhões de euros em 2014 e que vai receber da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) 7,9 mil milhões de euros, o Morgan Stanley recorda que "o último desembolso do empréstimo oficial é em junho de 2014, depois do qual não vai haver financiamento da UE e do FMI ao abrigo do programa atual".

No entanto, de acordo com a nota do banco norte-americano, um dos riscos que se colocam é a situação política.

"Em Portugal, o centro-direita ainda tem uma maioria absoluta do parlamento. Parece que a crise política recuou, mas o mercado ainda está a avaliar se a situação na coligação governamental mudou efetivamente depois da crise política recente", adverte o Morgan Stanley, acrescentando que "um teste importante vai ser a aprovação do Orçamento de 2014" no final deste ano.

Quanto aos processos de ajustamento externo e orçamental, o banco entende que as balanças correntes "ajustaram muito rapidamente" tanto em Portugal como na Grécia, mas "a economia já não está a viver acima dos seus meios, porque agora tem um excedente face ao resto do mundo".

Por oposição, a Grécia continua com um défice externo, o que reflete, em parte, "a natureza diferente do ajustamento dos dois países: Portugal está a assistir a uma desalavancagem significativa do setor privado e está a tentar resolver as suas finanças públicas", ao passo que os problemas da Grécia são sobretudo orçamentais.

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