"Carta de Gaspar demitiu e acabou com o Governo"
O conselheiro de Estado e antigo candidato à Presidência da República, Manuel Alegre, defende, aos microfones da Antena1, que a carta de demissão de Vítor Gaspar, sobretudo o seu conteúdo, “acabou com o Governo” ainda que permaneça “ligado à máquina”. Alegre salienta ainda que este “golpe de misericórdia política” surgiu de onde menos se esperava.
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Política Alegre
“Nos termos em que o fez e com a carta que escreveu, [Vítor Gaspar] fez aquilo que até agora não foi feito: demitiu o Governo, acabou com o Governo”. A frase é de Manuel Alegre que, em declarações à Antena1, comentou hoje a saída do ministro das Finanças do Executivo de coligação PSD/CDS.
Questionado sobre o que poderá agora acontecer, o conselheiro de Estado e antigo candidato à Presidência da República considera que Cavaco Silva “está muito agarrado à ideia de que é preciso manter a estabilidade e este Governo a todo o custo”, comprometendo-se “bastante com isso”.
O Presidente da República quer “evitar eleições” e “uma crise política, mas a crise está aí e surgiu do lado mais inesperado”.
“Muita gente estava à espera que fosse o Presidente [da República] a agir ou que fosse o CDS a provocar a queda do Governo, mas [o que] ninguém esperava [era] este golpe de misericórdia política e moral. O Governo até se pode manter ligado à máquina mas com esta demissão, e sobretudo com o conteúdo da carta, o Governo acabou”, conclui Alegre.
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