Chega alerta para falta de saneamento básico nas zonas altas do Funchal
A candidatura do partido Chega às eleições legislativas da Madeira percorreu hoje as zonas altas do município do Funchal, em particular a freguesia de Santo António, para alertar para a falta de infraestruturas públicas, nomeadamente o saneamento básico.
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Política Eleições/Madeira
"Nas zonas altas do Funchal existem alguns sítios que não têm saneamento básico e em que os esgotos continuam a correr a céu aberto, o que a nós nos preocupa, pois também é um problema de saúde pública, é um problema ambiental, e que há muitos anos que tanto Câmara Municipal como o Governo Regional prometem que irão intervir nessa área e acabam sempre por se esquecer das zonas altas", afirmou o cabeça de lista do Chega às eleições regionais de 26 de maio, Miguel Castro.
No sexto dia de campanha eleitoral, a caravana do Chega teve como ponto de encontro o Colégio do Marítimo, que integra o Complexo Desportivo do Club Sport Marítimo, na freguesia de Santo António, onde se concentraram pelas 17:00 pouco mais de uma dezena de militantes e apoiantes do partido, aguardando até perto das 18:00 a chegada do cabeça de lista, que acabou por não chegar, tendo prestado declarações à agência Lusa por telefone.
Apesar da ausência de Miguel Castro, a comitiva do Chega rentabilizou o tempo de espera ao abordar os pais que iam buscar os filhos ao colégio e até os automobilistas que circulavam na estrada em frente, atirando, literalmente, t-shirts do partido para dentro de carros e camiões.
"Há ali uma concentração maior de residentes da freguesia e então achamos por bem a concentração se fazer aí, embora, mas depois o grupo, a equipa que está no terreno, vai sair dessa área e irá percorrer outras áreas da freguesia", explicou o cabeça de lista do Chega.
A freguesia de Santo António é uma das mais populosas do concelho do Funchal e localiza-se a pouco mais de três quilómetros do centro da cidade, mas, segundo o candidato do Chega, apesar dessa proximidade, "as suas zonas mais altas carecem ainda de infraestruturas públicas que não existem", nomeadamente a nível de saneamento básico.
"Achamos que a população das zonas altas merece o mesmo tratamento do que as populações que vivem nas áreas mais nobres, pois não fazemos distinção entre cidadãos, e há que, de uma vez por todas, olhar para essas áreas com uma sensibilidade maior, pois a orografia da ilha, por si só, já não é fácil para essas pessoas, quanto mais se não forem servidas com os serviços públicos a que têm direito", reivindicou Miguel Castro.
Entre as zonas afetadas, o cabeça de lista do Chega apontou Lombo dos Aguiares, Laranjal e as áreas altas de São Roque e da Alegria, referindo que "são densamente habitadas como dá para ver a olho nu", com "algumas construções precárias" e com a falta de infraestruturas públicas, "que deveriam ser, obviamente, transversais a todos os cidadãos".
"Estas situações não são resolvidas porque não há uma vontade política, porque não são situações difíceis de resolver. Tem de haver é uma intervenção. Não se pode é olhar para essas zonas como se ficassem um bocado escondidas do turista [...], fazendo com que não haja um empenho maior de quem governa, porque tanto a Câmara Municipal do Funchal como o próprio Governo Regional, através das suas áreas do saneamento básico e das infraestruturas das estradas, podiam muito bem intervir nessas zonas", reforçou.
As legislativas da Madeira decorrem em 26 de maio, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.
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